O governo chinês condenou o atentado suicida que provocou a morte da antiga primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto, classificando-o como «acto de terror», anunciou esta sexta-feira a agência noticiosa estatal chinesa.

«Estamos chocados (...). Condenamos de forma contundente este acto terrorista, esta morte surpreende-nos muito», assegurou o porta-voz do Ministério de Negócios Estrangeiros da China, Qin Gang, através de um comunicado emitido poucas horas após o atentado, e citado pela agência Nova China.

O governo chinês enviou condolências à família da líder da oposição paquistanesa e aos familiares das outras vítimas do atentado terrorista de quinta-feira.

«Benazir Bhutto, a porta-voz do Paquistão e uma amiga de longa data do povo chinês, deu um contributo significativo para promover as relações de amizade entre a China e o Paquistão durante a sua vida», referia a mensagem do governo.

Pequim tem sido um tradicional aliado do Paquistão desde a independência do país, particularmente no longo conflito do Paquistão com a Índia pelo controlo da região de Caxemira (da qual o regime comunista chinês também controla uma parte).

A China também ofereceu assistência técnica ao vizinho paquistanês no desenvolvimento do seu programa nuclear.