Seis clubes do principal campeonato brasileiro de futebol, o Brasileirão, suspenderam futebolistas investigados por supostos subornos de uma máfia manipuladora de resultados, para benefício de apostadores.

O Cruzeiro de Pepa afastou Richard, mas também houve suspensões do equatoriano Bryan Garcia e do brasileiro Pedrinho no Athletico Paranaense, afastados da equipa «até que os factos divulgados sejam rigorosamente investigados», informou o clube.

Já o Fluminense afastou «preventivamente» Vítor Mendes, o mesmo para Nino Paraíba, do América Mineiro. O Internacional afastou Maurício do jogo da última noite ante o Athletico, com o atleta a retomar «a normal rotina de treinos» esta quinta-feira.

Quem também afastou jogadores foi o Coritiba, no caso Alef Manga (ex-Oliveirense) e Jesús Trindade, que não jogam esta noite frente ao Vasco.

Nenhum destes oito jogadores consta na lista dos sete acusados na terça-feira por suposta participação na manipulação, mas todos eles figuram entre os suspeitos ou os citados nas conversas intercetadas pelos investigadores.

Na terça-feira, um tribunal do estado de Goiás aceitou a denúncia da Procuradoria contra 16 pessoas investigadas por alegado envolvimento num esquema de manipulação de resultados, numa operação designada de “Penalidade Máxima” no Brasil.

Entre essas 16 pessoas, estão sete futebolistas: Eduardo Bauermann (Santos), Igor Cariús (Sport Recife), Víctor Ramos (Chapecoense), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo, ex-Paços de Ferreira), Matheus Gomes (Sergipe) e Gabriel Tota (Ypiranga). As outras novas pessoas são membros e apostadores da organização criminosa: Bruno Lopez de Moura, Ícato Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos, William de Oliveira Souza e Pedro Gama dos Santos Júnior.

De resto, também outros jogadores foram denunciados na operação: Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, agora nos iranianos do Sepahan), Joseph (Tombense), Gabriel Domingos (Vila Nova), Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, agora no Cuiabá), André Queixo (ex-Sampaio Corrêa, agora no Ituano), Allan Godói (Sampaio Corrêa), Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, agora no Operário PR) e Romário (ex-Vila Nova).

Outros jogadores, no caso Moraes (Juventude), Lomónaco (Bragantino), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Pedroso (Inter-SM) também foram implicados no esquema, mas não foram denunciados, depois de terem admitido envolvimento no caso.

Os investigadores identificaram manipulações em pelo menos «13 jogos de futebol», entre eles oito do campeonato de 2022 da primeira divisão e um da segunda.

Segundo a acusação, os futebolistas comprometiam-se «a cometer penáltis» e «faltas» para receberem cartões amarelos e vermelhos com o objetivo de favorecer os apostadores.