Samuel Umtiti, emprestado pelo Barcelona aos italianos do Lecce, revelou a enorme frustração sobre a sua passagem pelo Catalunha, entre o banco e a bancada, dizendo mesmo que passou «quatro anos na prisão». O central francês chegou ao Camp Nou com apenas 22 anos, em 2016/17, esteve em especial destaque no Mundial 2018, na conquista do título mundial, mas nunca se conseguiu impor na liga espanhola.

«A única coisa que precisava era sentir-me acarinhado, útil e respeitado. Na Catalunha passei quatro anos na prisão: não só a nível desportivo, mas também no dia a dia», destacou o defesa de 29 anos em declarações ao Canal +.

O central teve um início de carreira de sonho. Assinou pelo Barcelona aos 22 anos e, logo a seguir, foi campeão do Mundo na Rússia. «No início, depois da minha mudança para Espanha, senti-me valorizado e joguei a um bom nível. Mas depois comecei a sentir desconfiança, senti-me mal e dei conta que ninguém acreditava em mim», conta.

Depois de passar quatro temporadas praticamente sem jogar, entre o banco e a bancada, o central foi cedido esta época ao Lecce onde voltou a encontrar a felicidade e ainda rendeu meio milhão de euros ao Barcelona depois de ter feito mais de quinze jogos como titular na Série A (total de 23 jogos).

«Foi um desafio para mim. Nesta equipa, garantir a manutenção vale tanto como vencer um campeonato. Em Salento encontrei o meu sorriso novamente e estou agradecido ao clube por isso», destacou.

Umtiti tem contrato com o Barcelona até 2026, mas para já não quer pensar no regresso. «Agora só penso em evitar a despromoção. Há algum tempo o meu amigo Lacazette (jogaram juntos no Lyon) veio visitar-me a Via del Mare. Pensamos que, antes de nos retirarmos, seria bom voltarmos a jogar juntos. Quero continuar a sentir-me bem, consegui isso em Itália. Gosto da língua, da comida e da moda», referiu ainda o defesa sem mencionar o clube catalão.