O presidente do Lyon, Jean-Michel Aulas, confirmou esta quinta-feira que deu entrada com duas ações legais contra o fim da primeira liga francesa, decidido pela Liga de Futebol Profissional do país (LFP), que declarou o Paris Saint-Germain campeão.

«O conselho de administração do Lyon tomou a decisão de interpor recursos [para o tribunal administrativo de Paris]», anunciou, em declarações ao programa L’Équipe du Soir, do jornal L’Équipe.

«O dinheiro não é a principal preocupação. Primeiro, pedimos uma avaliação a uma possível retoma da atividade. A decisão da ministra do Desporto (Roxana Maracineanu) é baseada na data de 3 de agosto, que não existe na UEFA. Podemos examinar em detalhe com o primeiro-ministro (Édouard Phillipe) e o ministro da Saúde (Olivier Véran) o protocolo sanitário válido para todos os países europeus e ver se há uma possibilidade de retomar. O segundo [recurso] é sobre os moldes de interrupção do campeonato e ao método de cálculo da classificação. São várias decisões de interesse público», defendeu Aulas, que na quarta-feira já tinha dado conta da intenção de reverter o fim antecipado da época.

O Lyon ficou no sétimo lugar do campeonato, fora dos lugares de acesso às competições europeias, pela primeira vez desde 1997.

Também esta quinta-feira, Aulas disse que tem intenção de processar o presidente do Marselha, Jacques-Henri Eyraud, por difamação.

Em março, depois da suspensão do futebol em França, Aulas sugeriu uma «época em branco» e Eyraud reagiu, ao Le Journal du Dimanche, falando em «egoísmo». «Quando o vírus diminuir, Aulas verá a obscenidade da sua proposta oportunista», disse, então, o líder do clube treinado pelo português André Villas-Boas.

«Culpo-o terrivelmente», referiu agora Aulas, que disse estar pronto, no entanto, para um recuo de intenções, caso receba um pedido de desculpas do dirigente do clube vice-campeão gaulês.