Um ano e meio nos suíços do Servette bastou para Sonny Anderson começar a chamar à atenção dos grandes clubes europeus. Em 1994, o presidente do Marselha, Bernard Tapie, estava decidido em contratar o avançado brasileiro, mas tinha pela frente a grave crise financeira que o clube enfrentava.

«Chegámos a um acordo com o Servette para pagar parte do meu salário porque o Marselha não conseguia pagar a totalidade. Estava a sair-me muito bem na Suíça e começava a ser notado na Europa», recordou o antigo internacional brasileiro ao portal Phocéen.

Sonny Anderson gostou da abordagem dos franceses e não queria recusar a oportunidade. A vontade de jogar no Marselha era tanta que nem quis saber das propostas que tinha em mãos, uma delas do Benfica.

«Normalmente não teria ido porque nem a transferência podiam pagar. Os dirigentes do Dortmund vieram ver-me várias vezes e queriam contratar-me. O Benfica também fez propostas antes do Marselha. Mas, umas semanas antes, fizemos um jogo de preparação com o Marselha, fiz um grande jogo, e foi aí que conversei com Tapie», lembrou.

«Quando soube que ele estava interessado lembrei-me logo que a equipa tinha grandes jogadores como Völler, Deschamps, Boli, Rui Barros ou Stojkovic. Além disso, o Marselha tinha sido campeão europeu. Disse ao presidente que não estava interessado no Dortmund nem no Benfica e que queria jogar no Marselha. Ele disse-me que ia ser emprestado seis meses e tinha de dar o meu melhor para fazer uma grande transferência no verão seguinte. Não podia dizer não ao Marselha», acrescentou.

Apenas seis meses depois, Sonny Anderson deixou Marselha. Rumou ao Mónaco e, após três épocas no principado, transferiu-se para o Barcelona. Jogou ainda no Lyon e Villarreal, antes de terminar a carreira no Catar, onde representou o Al-Rayyan e o Al-Gharafa.