Em entrevista à televisão italiana Rai2, José Mourinho tira força à hipótese de se mudar para a Arábia Saudita. Pelo menos, por enquanto.

«Penso que um dia irei, mas quando digo um dia não quer dizer amanhã ou depois de amanhã», disse o treinador da Roma, garantindo que se mantém focado no trabalho que tem no clube, que considera ser «especial».

«Aqui sinto o desejo, a responsabilidade profissional, o orgulho. Aqui há algo mais, estas pessoas fazem-nos sentir uma temperatura diferente, adoro-as e, por isso, não tenho problemas em dizer que a Roma é muito, muito especial para mim e para a minha carreira», assegurou. E juntou mais alguns detalhes: «temos um balneário ‘limpo’, o cheiro é bom, as pessoas são boas. Também temos os nossos defeitos, mas somos uma boa equipa», acrescentou.

Roma é demasiado criticada

Apesar de tudo, Mourinho não está totalmente satisfeito, como deu para perceber na referência feita às críticas que são feitas à sua equipa.

«A Roma é demasiado criticada, não está suficientemente protegida, tem um perfil de comportamento interno que abre um pouco a porta a este tipo de situações, mas sim, é demasiado criticada e eu também», considerou.

E deu como exemplo o que se disse do percurso feito na Liga Europa, na época passada. «O caminho que nos levou até à final da Liga Europa foi muito fácil. Vejam o que o Salzburgo, a Real Sociedad ou o Feyenoord estão a fazer agora... Acho que o último jogo que o Bayer Leverkusen perdeu foi aqui em Roma. Se fosse outro treinador ou um clube com um perfil diferente, a história teria sido diferente. Para mim não é um problema do ponto de vista pessoal, não o era há 10 anos e muito menos agora. Mas é um problema para a Roma enquanto clube e para os seus adeptos, que merecem muito mais. Mas é uma alegria para os pseudo adeptos e pseudo-intelectuais do futebol».