A poucos dias de lançar uma autobiografia, Giorgio Chiellini deu uma extensa entrevista ao jornal La Repubblica, na qual fez algumas revelações que também vão estar em «Io, Giorgio».

«Odeio desportivamente o Inter como Michael Jordan odeia os Detroit Pistons. (...) O ódio desportivo é aquilo que nos faz superar o adversário: se lhe dermos o significado certo, é uma componente essencial», disse, referindo que, curiosamente, veio de um rival. «Quando rompi o joelho, uma das mensagens mais bonitas que recebi foi de Javier Zanetti», disse, referindo-se ao histórico do Inter de Milão.

Não faltaram também críticas a Mario Balotelli e a Felipe Melo: um companheiro na seleção italiana e outro ex-colega na Juventus. «Balotelli é uma pessoa negativa, sem respeito pelo grupo. Na Taça das Confederações, contra o Brasil em 2013 [n.d.r.: derrota por 4-2], ele não nos ajudou em nada e merecia ter levado uma chapada. Mas Felipe Melo foi ainda pior: o pior dos piores. Não suporto pessoas desrespeitosas, que querem fazer sempre o contrário das outras. Com ele, eu estava sempre no limite de uma briga. Disse-o à direção: era uma maçã podre. Balotelli e Felipe Melo foram os únicos que ultrapassaram os limites aceitáveis.»

O capitao da Vecchia Signora contou ainda ter mudado a opinião que tinha sobre Gonzalo Higuaín, que foi rival dele quando passou pelo Nápoles. «Surpreendeu-me: os avançados costumam ser egoístas, fazem um trabalho à parte, mas ele é generoso. Precisa de afeto para alimentar o potencial incrível que tem», rematou.