O parlamento do Brasil abriu na terça-feira um novo inquérito à manipulação de resultados de jogos de futebol do país, um ano depois de uma investigação ter levado à acusação de 26 pessoas, incluindo jogadores.

O Senado brasileiro iniciou o inquérito a pedido de Romário, atual senador e antigo campeão do Mundo pela seleção canarinha. 

Uma investigação semelhante na Câmara dos Deputados, a câmara baixa do parlamento do Brasil, terminou há seis meses, sem que fosse aprovado um relatório final.

Romário referiu que o inquérito do Senado deve usar como referência um relatório recente publicado pela empresa de tecnologia SportRadar, que colocou 109 partidas disputadas no Brasil em 2023 sob suspeita de manipulação de resultados.

A investigação, conduzida pelo Ministério Público no estado de Goiás, no centro do Brasil, ainda está em andamento, mas já levou à acusação de 26 pessoas, incluindo jogadores, empresários e executivos de clubes.

Os procuradores alegam que futebolistas da Série A e B do Brasil terão recebido até 20 mil dólares (18.300 euros) de organizações criminosas para realizar ações específicas durante os jogos, como receber cartões amarelos e cometer penáltis.

Vários jogadores acusados de envolvimento no esquema foram entretanto suspensos.

O procurador encarregue do caso, Fernando Cesconetto, disse à agência de notícias Associated Press em maio ter descoberto provas de irregularidades cometidas por jogadores fora do Brasil. Cesconetto disse que o caso de Max Alves, jogador do Colorado Rapids, da MLS, que foi mencionado na investigação, poderá ser alvo de investigação nos Estados Unidos.