Bruno Fernandes é o médio que todos conhecemos, mas o jogador poderia ter tido uma carreira bem diferente.

Em entrevista ao podcast dos red devils, que será publicada na segunda-feira, Bruno recorda que começou a jogar a defesa-central e que era aí que os colegas gostavam de o ver.

«Tive um treinador que me disse: ‘Se queres ser um jogador de topo, tens de jogar como defesa-central. Se quiseres ser só um bom jogador, então podes ser médio'. Acho que ele estava errado, mas talvez pudesse ter sido melhor como defesa-central, não sei», afirmou.

«Na altura eu não gostava de jogar nessa posição, mas toda a gente dizia que eu era bom, que era inteligente e que dobrava bem os laterais. Mas a certa altura tive a oportunidade de ir para o escalão acima e disse ao treinador que não queria mais ser defesa, que queria ser médio», prosseguiu.

Mas antes de chegar a médio, o antigo jogador do Sporting ainda passou pelo ataque: «O treinador lançou-me a avançado num jogo e eu marquei dois golos. Comecei a jogar como falso 9, depois como número 10 e depois como 8.»

Bruno Fernandes explicou ainda que a raça que coloca em campo tem a ver com a infância, em que jogava com o irmão e os respetivos amigos, todos mais velhos.

«Eu era um rapaz difícil porque sempre quis jogar com os mais velhos. Só que o problema é que eu não queria só brincar, queria ser o melhor. E se precisasse de fazer um «túnel» a alguém, eu fazia e não me importava com isso.»

«Então às vezes podia vir alguém atrás de mim e dar-me um pontapé. Às vezes o meu irmão tinha medo disso. Ele sabia que eu era suficientemente bom para jogar com ele, mas não queria problemas», atirou.