O treinador da seleção húngara de natação, Laszlo Kiss, demitiu-se do seu cargo depois de ter sido revelado um caso de violação que remonta ao ano de 1962, e que na altura o levou a cumprir três anos de prisão.

«Pelo interesse do desporto húngaro, e tendo em conta os danos que estes ataques diretos fazem à minha saúde, decidi despedir-me das minhas obrigações de treinador», afirmou o treinador à agência de notícias da Hungria.

O caso aconteceu em 1962, quando três jovens, nos quais se incluía Kiss, violaram uma rapariga de 20 anos. O agora demissionário selecionador húngaro de natação foi condenado a três anos de prisão e cumpriu 20 meses dessa pena.

O escândalo sexual voltou à «baila» porque um site húngaro deu conta do crime e da respetiva pena. A Federação manteve o apoio ao treinador, que disse que o seu percurso de treinador de natação «foi uma nova oportunidade de vida».

A exposição mediática do caso e a «pressão» de políticos e da sociedade ditaram a decisão de Kiss em desvincular-se do contrato com a federação húngara, válido até 2017.

Recorde-se que Laszlo Kiss, de 75 anos, iniciou o seu trajeto como técnico em 1975 e conta no palmarés com com sete medalhas de ouro no currículo, depois de orientar Krisztina Egerszegi, com cinco vitórias olímpicas, entre 1988 e 1996, e Attila Czene e Agnes Kovacs, com uma medalha de ouro cada, conquistadas em 1996 e 2000, respetivamente.