Verhelst morreu num hospital de Bruxelas, na presença de vários amigos, depois de uma longa batalha para conseguir a aprovação da eutanásia.
De acordo a imprensa belga, o médico que assistiu a morte afirmou que «havia claramente sofrimento físico e psicológico insuportáveis».
A todos os problemas psicológicos, que já tinham levado a mulher a mudar para o sexo masculino, acresceram os problemas das várias cirurgias realizadas que derivaram em grande mal-estar físico e dor.
Nathan nasceu rapariga, Nancy, numa família de três rapazes, e dizia que foi rejeitado pelos pais que sonhavam com mais um rapaz.
Na entrevista que deu antes da sua morte, ao jornal «Het Laaste Nieuws», o belga afirmou que sonhava em ser homem desde a adolescência e realizou três cirurgias para remoção dos seios e mudança de sexo entre 2009 e junho de 2012, além do tratamento hormonal. No entanto, lamentou as intervenções que considerava terem fracassado. Os seios continuavam proeminentes e o pénis criado «não funcionava». Tornar-se um homem não lhe trouxe felicidade, explicou.
«Preparei uma festa para comemorar o meu novo nascimento, mas na primeira vez que me vi no espelho, tive aversão pelo meu novo corpo», contou Nathan.
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