No final do mês de janeiro, Pierre Sarkozy, de 26 anos, foi internado na Ucrânia após uma «leve intoxicação alimentar». Até aqui, nada de estranho. Só que o DJ Mosey, como é conhecido no meio musical, foi repatriado num Falcon 50, um avião do exército que apenas é utilizado para transportar o presidente e os ministros franceses.

Instalou-se então a polémica em França, dado que não se sabe ao certo quem financiou a «operação de resgate» e, segundo dados oficiais do Ministério da Defesa, cada hora de voo custa 5600 euros.

A viagem de ida e volta demorou cerca de sete horas, pelo que custou cerca de 40 mil euros, mas uma fonte da presidência gaulesa revelou que Nicolas Sarkozy passou um cheque de 7632 euros. Permanece então a dúvida sobre quem pagou o resto.

O jornal «Le Canard Enchaîné» diz que foi o Estado, com o dinheiro dos contribuintes, mas a legislação diz que só se pode utilizar estes aviões em casos de interesse público. A mesma fonte da presidência revelou que foi o «médico presidencial» que indicou que se deveria proceder rapidamente à transferência do doente e que foi «um caso de força maior».

A polémica surge numa altura em que foi apresentado pelo deputado René Dosière um relatório sobre os gastos do palácio presidencial desde a chegada de Nicolas Sarkozy ao poder, em 2007. O transporte aéreo foi uma das partes mais discutidas no documento apresentado, já que este costuma voar 24 horas por semana, representando um aumento de 49% em relação ao seu antecessor, Jacques Chirac.