Ao todo são menos de 10% as empresas portuguesas que recorre a serviços de gestão de Crédito. Países como Portugal, Espanha, Bélgica e República Checa, que recorrem menos a serviços externos, apresentam os mais elevados índices de risco de incumprimento, segundo os dados da Intrum Justitia.

Já em países como a Suécia e a Finlândia, onde mais de 25% das empresas recorrem a serviços externos de Gestão e Recuperação de Credito, têm índices de risco de incumprimento mais baixos de toda a Europa.

De acordo com os dados da Intrum Justitia, multinacional sueca que presta serviços na área de Gestão de Crédito, existe uma relação directa entre a profissionalização dos serviços de gestão de crédito e o risco contido nas transacções comerciais.

Para o director geral ibérico da Intrum Justitia em Portugal Luís Salvaterra, «o total das despesas envolvidas na gestão de crédito nas empresas ascenderam a 50 milhões de horas por ano».

Além disso, as pequenas empresas apresentam custos salariais associados à gestão de crédito mais elevados podendo mesmo ser o dobro do das empresas que tem entre 50 e 249 empregados. Nas empresas com menos de 19 empregados é estimado em 38,9 horas por ano, enquanto em empresas com mais de 2.500 empregados representa 4,4 horas por empregado.

«Para as PME é muito mais problemático a gestão de crédito a nível interno devido aos custos dos recursos humanos, e por isso acreditamos que para essas empresas a profissionalização e o recurso a serviços externos são fundamentais», conclui o mesmo responsável.