Na apresentação de resultados referentes ao primeiro trimestre, o presidente da instituição, Ricardo Salgado, afirmou acreditar que «é possível que nos próximos trimestres haja crescimento (do malparado), mas nada de significativo».
Recorde-se que o crédito malparado voltou a bater um novo recorde, atingindo os 2,59 mil milhões de euros, segundo o Boletim Estatístico do Banco de Portugal de Julho. No entanto, Ricardo Salgado lembra que no caso do BES, a grande maioria do crédito é concedido às empresas, cerca de 70% e entre os particulares a maioria é para habitação. Neste último, o presidente reconhece que «quase 50% está orientado para clientes de maior valor e empresas. São clientes com sinistralidade menor».
Para além disso, mesmo entre particulares, «o BES tem o seu crédito muito seleccionado», sublinha.
No primeiro semestre de 2008, o crédito do BES a clientes, incluindo securitizações, subiu 14,3% para 49.946 milhões de euros, 8,2% a particulares e 17,9% a empresas.
Os recursos de clientes de balanço aumentaram 18,4%.
Já o rácio de crédito vencido, a mais de 90 dias, cresceu para 1,1%, sensivelmente o mesmo que no mesmo período de 2007, enquanto a cobertura por provisões ascendeu a 217,3%, que comparam com 215,9% de Junho de 2007.
As acções do BES fecharam a ganhar 0,75% para 10,10 euros.
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