O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, sublinhou que as novas regras que regem agora os certificados de aforro eram necessárias devido «às mudanças de contexto no mercado».

Durante a audição na Comissão de Finanças, que decorreu esta terça-feira no Parlamento, o governante garantiu que deixar tudo na mesma teria penalizado cada português em 18 euros por ano, referiu o membro do Executivo quanto aos custos adicionais de 180 milhões de euros de juros a mais que o Estado teria de pagar.

«O Estado tem a obrigação de gerir bem o dinheiro dos contribuintes. É disso que se trata aqui: o dinheiro do Estado é o dinheiro dos contribuintes», sublinhou Teixeira dos Santos.

Recorde-se que os certificados de aforro têm novas regras, com a actual série a ser vendida com juros mais baixos. Assim, a criação da «série C» permite que a taxa de juro possa até ser maior, mas para isso acontecer é necessário esperar 10 anos em vez dos actuais quatro anos e meio.

Embora «não tenha efeitos retroactivos», Teixeira dos Santos garante que as novas regras evitam que se mantenham «ganhos acima das condições do mercado».