Ivo Vieira, treinador do Nacional, depois da vitória sobre os suecos do BK Hacken (3-0), no Estádio da Madeira, em jogo da primeira mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa:

[Margem folgada permite tranquilidade?]

« O nosso pensamento passa por fazer um bom segundo jogo, não sofrendo golos e tentando marcar. Temos uma margem que nos dá algum conforto mas não nos deixa à sombra da bananeira, como dizemos na gíria. Sabemos que vamos ter dificuldades. Viram um nacional muito forte na primeira parte, vendo já algum brilho dos já apelidados meninos da Choupana. Na segunda parte tivemos mais problemas, sendo legítimo que o adversário queira reduzir a diferença. Sabemos que são fortes no jogo aéreo e com bons jogadores na frente. Quero destacar a enorme grandeza dos meus jogadores que na segunda parte tiveram um grande espírito de sacrifício porque jogaram contra uma equipa muito moralizada e que vinha de seis vitórias consecutivas».

[Um Nacional mais entrosado e à imagem de Ivo Vieira?]

« O treinador tem o seu cunho e podemos dizer que a equipa é à imagem do mesmo. Mas eu tenho a minha cota parte, mas a grande responsabilidade é deles. Com o trabalho, com o treino e empenho fizeram um excelente jogo. Foi importante a casa cheia e o apoio dos nossos adeptos. Era bom que tal continuasse durante muito tempo. Estamos a crescer e tem margem de progressão. Vamos insistir neste tipo de jogo, com a bola no chão, com mobilidade dos jogadores. Ganhámos 3-0, estou satisfeito, mas sei que a equipa é capaz de fazer mais e melhor».

[Não gosta de falar em nomes, mas o Mihelic está diferente para melhor. Concorda?]

«O Mihelic e outros jogadores, tem de ter um processo de adaptação. São jovens e o futebol português é diferente, mais intenso e mais agressivo. Por outro lado, é um processo de crescimento, o Mihelic está a aparecer e bem, a crescer como a equipa também. Não é uma vitória individual mas de todo o Nacional, mesmo os que não jogaram».