«Esta para a dança contemporânea como Michael Jackson para a pop, se quisermos fazer uma análoga com duas mortes recentes.» Foi assim que o coreógrafo português João Fiadeiro reagiu à morte de Pina Bausch nesta terça-feira.

Em declarações à agência Lusa, João Fiadeiro destacou o papel «incontornável» da coreógrafa alemã na «redefinição do que é a dramaturgia de dança, aquilo que é a escrita e a construção da presença do bailarino em palco».

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«O trabalho que eu faço (o meu trabalho e o da minha geração) é herdeiro das grandes conquistas e das grandes descobertas de pessoas como Pina Bausch e Merce Cunningham», confessou o coreógrafo português que estas duas referências «são fundamentais e definiram muito daquilo que é a dança contemporânea hoje em dia».

João Fiadeiro quis voltar a sublinhar por fim que Pina Bausch foi «uma figura que, quer do ponto de vista do seu discurso pessoal, quer naquilo que depois foi deixando como legado às várias gerações, será sempre incontornável».