José Couceiro, treinador do V. Setúbal, depois do triunfo sobre o Arouca (1-0), no Estádio do Bonfim, em jogo da 10ª jornada:

[Esperava sofrer tanto nesta fase final?]
- Enquanto as equipas estiveram completas, o Vitória foi melhor equipa, procurou ganhar o jogo. O Arouca jogou em maior contenção. Tivemos mais oportunidades. Os nossos médios de contenção habituais, o Paulo Tavares e Tiago Terroso, que tinham marcado os golos no Estoril, estão lesionados e esta vitória também é dedicada a eles. Na segunda parte, viemos preparados para sofrer, sabíamos que o Arouca ia jogar mais direto. Acabámos por ganhar bem. No jogo todo tivemos mais oportunidades. Mesmo no início da segunda parte podíamos ter feito o 2-0, mas conseguimos o mais importante, que eram os três pontos. No computo geral, fomos uns justos vencedores. O Arouca teve esta parte final, que foi muito longa, mas não conseguiu grandes oportunidades. Quando as conseguiu, o Pavel [Kieszek] esteve bem. Faz parte do campeonato saber sofrer.

[Sete jogos sem derrotas. Esperava um começo tão positivo?]
- Quando fazemos uma análise a uma equipa percebemos se tem capacidade para melhorar ou não. Não sei o que vai acontecer nos jogos seguintes, pensamos jogo a jogo. O Vitória vive um momento difícil, toda a gente sabe, mas é um clube histórico e, com um ambiente positivo, a massa adepta pode ajudar como o fez hoje. Mas não faço esse tipo de contas. Quero que a equipa continue a não perder como é óbvio. Temos de preparar a equipa para fazer mais um bom jogo. Se conseguirmos impor o nosso futebol é mais provável conseguirmos pontos. Tem sido positivo, estamos contentes, mas nada foi ganho até agora. Ninguém ganha sozinho. Somos uma equipa e o primeiro grande mérito é para os jogadores. O campeonato vai ser difícil, mas o primeiro objetivo é para o ano estar jogar na I Liga. Se pudermos fazer mais, vamos tentar. Mas vai haver problemas. Não vou elevar a fasquia sabendo que há um conjunto de sete oito equipas que tem os mesmos objetivos.