O mundo parou para ouvir o adeus de Pep Guardiola ao Barcelona no final da época, mas o campeonato espanhol vai continuar sem o treinador catalão, lembrou o adjunto de José Mourinho.

«A liga espanhola já existia sem o Guardiola, com Guardiola e continuará sem Guardiola. Os seus números falam por si nestes quatro anos. Mas isso já é passado e a liga vai continuar sempre. Sem Guardiola, sem Karanka, sem Mourinho, a liga é a liga», defendeu Aitor Karanka, neste sábado.

Tito Vilanova é o sucessor de Guardiola, promoção que o adjunto de Mourinho não ambiciona no presente. «Agora mesmo estamos a olhar para o futuro, a preparar a próxima época. Há dois anos que trabalho com o mister e o seu corpo técnico e posso apenas dizer que a cada dia que passa aprendo e desfruto mais. Só penso em trabalhar com esta equipa técnica», garantiu.

Depois da eliminação da Champions, frente ao Bayern Munique, os merengues voltam a concentrar-se no campeonato e na conquista do título. Sem pressão, assegurou Karanka.

«A equipa está cheia de vontade de começar o jogo. Os jogadores ainda estão tristes pela eliminação, mas com orgulho e garra de lutar por uma alegria que está muito perto. Esta equipa pensa e joga jogo a jogo. Primeiro há que ganhar ao Sevilha [domingo, no Bernabéu] e logo pensaremos no At. Bilbao [jogo em atraso da 20ª ronda, quarta-feira, em Bilbau]. Será um jogo complicado com o Sevilha, porque está a dois pontos da Europa. Mas para nós são três pontos-chave nesta reta final», perspetivou.

Karanka também não deixou Pedro Léon sem resposta, jogador cedido pelo Real ao Getafe e que disse que saberia que não voltaria enquanto Mourinho estivesse no comando. «O Pedro está enganado. Se não voltar aqui não é por culpa de Mourinho e sim pelo rendimento desportivo. Este ano temos um exemplo claro: Callejón. Para jogar no Real é preciso mostrar trabalho e o Callejón fê-lo.»

Para o fim ficou uma mensagem de apoio a Ricardo Carvalho. «Para o Ricardo está a ser uma má temporada, porque um jogador com a sua qualidade e carisma quer sempre jogar. É um jogador que ganhou muitas coisas na sua carreira e é um exemplo para todos de profissionalismo. Mas é preciso fazer escolhas e não podem jogar todos», assumiu o adjunto de Mourinho.