A federação francesa e a UEFA confirmaram esta terça-feira que no passado sábado, na final da Liga dos Campeões, foram detetados 2.800 bilhetes falsos nas entradas do Stade de France, em Paris, após uma reunião entre os dois organismos, no ministério dos Desportos francês, destinada a fazer uma avaliação sobre tudo o que correu mal na organização do jogo.

No entanto, segundo explicou o advogado Pierre Barthélémy em declarações à AFP, entre os 2.800 bilhetes que foram considerados inválidos, podem estar alguns ingressos verdadeiros, mas que não terão sido validados de forma correta. «Era preciso ativar os bilhetes eletrónicos, mas houve avarias e bugs informáticos que fizeram que alguns bilhetes reais fossem classificados como falsos», explicou.

O advogado deu um exemplo que levou a organização a desconfiar do real número de bilhetes falsos. «Como prova disto, conto com o depoimento de Robertson, jogador do Liverpool, que ofereceu bilhetes oficiais aos familiares. Quando chegaram aos torniquetes, disseram-lhes que os bilhetes eram falsos», acrescentou.

Na passada segunda-feira, o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, tinha falado numa «fraude maciça e organizada» de bilhetes que teria dado origem ao caos, com uma multidão entre 30 a 40 mil adeptos ingleses, sem bilhetes ou com bilhetes falsos.