Noite digna de Liga dos Campeões. Depois do empate, a dois golos, no Azerbaijão, o Bayer Leverkusen precisou de aplicar toda a alma – quiçá, no jogo mais duro da época – para eliminar o Qarabag e alcançar os «quartos» da Liga Europa (3-2). Se, há uma semana, a prestação do conjunto azeri foi surpreendente, a turma de Xabi Alonso partiu para a segunda mão sobreaviso.

Na Alemanha, os forasteiros beneficiaram de uma segunda parte extremamente eficaz e ameaçaram nova surpresa na prova, espreitando a passagem inédita à próxima eliminatória.

Antes, na primeira parte, Xabi Alonso foi obrigado a lançar Palacios aos 28m, para render o lesionado Hofmann. Com Frimpong a liderar as investidas ofensivas – como é marca de água nesta época – apenas os visitantes foram assertivos no ataque. Isto porque o Qarabag anotou dois remates enquadrados em quatro tentativas, face à pólvora seca dos anfitriões, apesar dos 11 remates.

E, a abrir o segundo tempo, aos 58m, Abdellah Zoubir vincou a eficácia do Qarabag. Por isso, e a sentir a eliminatória a escapar, Xabi Alonso lançou Patrik Schick e Grimaldo, aos 59m, em detrimento de Borja Iglesias e Hincapie. Pouco depois, aos 62m, Cafarquliyev foi expulso, alimentando as aspirações das hostes da casa.

Todavia, a arena do Bayer voltou a gelar cinco minutos mais tarde, à boleia do golo de Juninho, que, à boca da baliza, agradeceu o passe de Vesovic para confirmar o choque, e o 0-2.

Na resposta, e na já clássica combinação entre laterais, Grimaldo serviu Frimpong para o 1-2, aos 72m.

Seguiram-se sucessivas investidas dos alemães sobre a área azeri, com Grimaldo e Patrik Schick a protagonizarem sucessivas perdidas, no coração da área. Entre polémicas com o juiz inglês Anthony Taylor, que perdoou nova expulsão entre os visitantes, Patrik Schick elevou a festa em Leverkusen, servido por Grimaldo, repondo a igualdade, aos 90+3m.

E, quando já todos se preparavam para o prolongamento, o avançado checo agradeceu a astúcia de Palacios e selou a qualificação dos alemães para os «quartos» da Liga Europa. Nesse momento, a festa soltou-se de vez, coroando Schick como o herói da noite.

Assim, o Bayer Leverkusen mantém a época livre de derrotas e ambiciona, pelo menos, repetir a campanha da última época. Os alemães apenas saíram da Liga Europa nas meias-finais, às mãos da Roma.

Roma geriu vantagem em Brighton

No duelo entre treinadores italianos, De Zerbi levou a melhor sobre De Rossi, mas o triunfo do Brighton, por 1-0, foi insuficiente para, sequer, ameaçar a vantagem edificada pela Roma na primeira mão (4-0).

A pensar no campeonato, onde a Roma espreita a zona Champions, ao mesmo tempo que tenta consolidar o quinto posto, o timoneiro dos «giallorossi» promoveu várias alterações no «onze», poupando Pellegrini, Paredes, El Shaarawy, Lukaku e Dybala.

A correr atrás do prejuízo, os ingleses inauguraram o marcador aos 37m, pelo experiente Danny Welbeck, de 33 anos. O primeiro tempo foi pródigo em cartões amarelos para os romanos – cinco, com De Rossi e Svilar incluídos.

Ainda que De Zerbi tenha promovido alterações no princípio do segundo tempo, apostando na velocidade de Ansu Fati e Evan Ferguson, o oitavo classificado da Premier League não foi capaz de ampliar a vantagem. Mérito para a linha recuada dos italianos.

Assim, a Roma, finalista vencida na última edição da Liga Europa, atinge os «quartos», na companhia de Liverpool, West Ham, Benfica, Atalanta, Bayer Leverkusen, AC Milan, Marselha.