Silas não está preocupado com o seu futuro no Sporting, nem com as notícias que dão conta da sua saída imediata ou no final da temporada, nem com catadupa de nomes que têm sido lançados como putativos sucessores no comando técnico dos leões. O treinador diz que mantém uma relação de «confiança e lealdade» com Hugo Viana e está mais preocupado em gerir o futuro próximo, nesta altura, com o foco no jogo desta terça-feira com o Famalicão.

«Acho que o mais importante é focarmo-nos no jogo. Se eu fosse comentar tudo do que se diz, não faria outra coisa», começou por dizer Silas na conferência de imprensa de antevisão do encontro.

«Eu entrei no sporting com onze anos pela porta 10A e jamais quererei prejudicar o Sporting. O que eu acho que é soberano é o bem do Sporting, não acho que seja o momento agora de estar a comentar o que me perguntou, mas sim virar o foco para o jogo, não vou comentar situações pontuais que todos nos dias saem nos jornais», acrescentou o treinador, frisando: «Quando vim para o Sporting sabia que era até ao final da temporada, porque foi esse o acordo, não é preciso andar a falar disso todos os dias», prosseguiu.

O treinador garantiu ainda que ninguém da estrutura falou com ele sobre uma hipotética saída. «Ninguém falou comigo. Falo com o Hugo Viana todos os dias. Falamos constantemente de várias coisas. Há uma coisa que sinto da parte dele: honestidade e lealdade. A minha relação é baseada nisso. Não temos de estar a falar todos os dias sobre isso. Os votos de confiança normalmente correm mal. O Sporting não tem de estar a dizer se conta comigo ou não. Temos uma relação muito honesta. Eu e o Hugo já nos conhecemos há mais temo de outas andanças e temos sido sempre honestos um com o outro», destacou.

A nível pessoal, Silas também não está nada incomodado. «Treinador a prazo somos todos. Não há ninguém que escape a isso. Até Alex Ferguson saiu do United. Não há profissão mais volátil do que esta. Para desafios destes, como Sporting, é preciso coragem, persistência e dar ouvidos a outros. Há muita gente que não sabe o que diz. Nesse sentido sou muito forte psicologicamente. Quem não quiser ouvir os outros não pode treinar o Sporting, Benfica ou FC Porto. São clubes com muita pressão. Prefiro que falem de mim, seja bem ou mal, é sinal que estamos numa posição que é muito invejada», referiu.

No cenário atual, têm sido apresentados vários nomes para suceder a Silas. Já se falou em Rúben Amorim, Sá Pinto, Pedro Martins e Abel Ferreira. «Há uma coisa que o Sporting não pode fazer, não pode contratar todos esses técnicos que se falou, o fair-play financeiro não deixa. Estou a levar isto na brincadeira porque todos os dias se fala em muita coisa. Não vou estar a comentar a toda a hora tudo o que sai. A minha motivação é defender o Sporting o melhor que posso», destacou ainda.