Foi preciso levar três bicadas do galo para o Tondela acordar para a vida, mas já não foi a tempo de evitar a derrota. Assim, os tondelenses caíram para a zona de despromoção e veem a vida cada vez mais difícil, quando faltam apenas dois jogos para acabar o campeonato – recebe o Sp. Braga e acaba em Moreira de Cónegos.

O Gil Vicente esteve melhor até ao último quarto de hora, esteve a ganhar por 3-0, contudo adormeceu à sombra do resultado. Aí, aproveitou a formação beirã para reduzir uma e outra vez e acreditar até ao fim que outro resultado era possível. Já não foi a tempo e acabaram por culpa própria.  

Para quem precisa urgentemente de conquistar pontos, esperava-se que o Tondela assumisse o jogo. Porém, entrou uma vez mais na expetativa, à espreita de um erro do adversário. Os galos, já com a vida feita, assumiram as despesas da partida, mas também não aceleraram muito o jogo. Por isso, o primeiro tempo foi enfadonho, quase sem motivos de interesse.

Foi Rúben Ribeiro o único a dar um pontapé no marasmo que o encontro se transformou. À passagem da meia hora, pegou no esférico a meio do meio campo tondelense, foi por ali fora, fletiu para o meio, e disparou forte e colocado para o fundo das redes. Grande golo! E foi tudo para a primeira parte.

No reatamento, os auriverdes esboçaram uma reação. Entraram a pressionar mais alto e a chegar mais perto da baliza de Denis, embora sem criar perigo. Aos poucos, os gilistas voltaram a pegar no jogo, foram à baliza contrária e marcaram. Após canto, Ygor Nogueira cabeceou ao segundo poste para o centro onde Ruben Fernandes apareceu solto a cabecear longe do alcance de Niasse.

Ato contínuo, Rúben Ribeiro voltou a fabricar uma jogada na esquerda, assistiu Kraev que, depois de tirar um adversário da frente, rematou de esquerdo para o fundo das redes. Corria de feição a vida aos galos, enquanto os tondelenses viam a linha d’água a aproximar-se vertiginosamente.

Por isso, reagiram e acabaram por reduzir na sequência de um pontapé de canto. Yohan Tavares foi à área contrária reduzir o placard e dar alguma esperança aos de Tondela. Algo que irritou Vítor Oliveira, que até ao momento havia estado impávido e sereno no banco de suplentes. E não ia ficar por aqui.

Os tondelenses acreditaram, mais com o coração do que com a cabeça, e voltaram a marcar, uma vez mais por um central. Sempre com muita confusão à mistura, Jonathan Toro rematou para defesa de Denis. Na recarga, Philipe Sampaio encostou e colocou o resultado na diferença mínima. Até ao final, os beirões tentaram tudo para chegar ao empate, perante um galo adormecido, mas nem com a ajuda do guarda-redes Niasse conseguiram chegar ao golo.