O Sporting goleou um Sp. Braga fragilizado no grande teste para a final da Taça de Portugal. Marco Silva apresentou um onze que estará já muito perto daquele que vai eleger para a final do Jamor, enquanto Sérgio Conceição teve de costurar a sua equipa com dois jogadores da equipa B. Ao intervalo registava-se um empate, com uma grande penalidade para cada lado, mas os leões foram mais fortes na segunda parte e fizeram a diferença notar-se no marcador. Momento especial para a substituição de Nani que, este domingo, despediu-se do Estádio de Alvalade.

Confira a FICHA DO JOGO
 
Excelente oportunidade para Marco Silva e Sérgio Conceição prepararem a final da Taça de Portugal, marcada para 31 de maio, com um jogo frente ao adversário direito. O treinador dos leões, depois de semanas a gerir o plantel, apresentou um onze mais perto daquele que estará no Jamor, com o regresso de Miguel Lopes e Nani à titularidade. Ficou apenas a faltar Slimani, que começou o jogo no banco, e Ewerton, que cumpriu um jogo de castigo. O treinador dos minhotos foi obrigado a improvisar mais. Bastante mais, tendo em conta a longa lista de indisponíveis, lançando dois jogadores da equipa B no onze inicial. Núrio fechou o corredor esquerdo, enquanto Dolly Menga foi ponta-de-lança com o apoio de Pardo e Rafa.
 
O jogo começou com um ritmo baixo, com os leões a procurarem assumir a iniciativa, mas, tal como nos últimos jogos, com dificuldades em conseguir profundidade no ataque. Os laterais até subiam e combinavam bem com os extremos, abrindo com facilidade espaços nas alas, mas depois não havia ninguém na zona de finalização. O Sp. Braga entrou mais na expetativa, mas recebeu um brinde, aos 13 minutos, quando Tobias Figueiredo derrubou Luiz Carlos de forma desnecessária em plena área. Pardo atirou a contar e festejou como se não houvesse amanhã (ensaio para a final?).
 
Um golo que fez bem ao jogo. O Sporting aumentou desde logo a intensidade e conseguiu prender o adversário no seu meio-campo, com uma boa circulação de bola, mas sempre com dificuldades em encontrar alguém disponível na zona de finalização. João Mário atirou a rasar a barra, Carrillo chegou a marcar, depois de um chapéu de Montero que tinha sido devolvido pela barra, mas o peruano estava em posição irregular e não valeu. Com um Braga cada vez mais encolhido, os leões mantiveram a pressão, Montero voltou a ameaçar, Nani também, mas o golo chegou de forma inesperada. Mais uma grande penalidade. Esta numa suposta falta de Menga sobre Carrillo que, das bancadas, parece não existir. Adrien voltou a nivelar o resultado mesmo antes do intervalo com o seu sétimo golo na temporada (quarto de penalti).

Leão a crescer até à ovação a Nani
 
O Sporting conseguiu transportar a mesma intensidade para a segunda parte e, logo de início, voltou a encostar o adversário junto à sua baliza. Nani fez uma primeira ameaça e logo a seguir Tobias Figueiredo redimiu-se da grande penalidade da primeira parte e deu a volta ao resultado, numa recarga a um primeiro remate de William Carvalho. As bancadas empolgaram-se e a equipa também. O Braga passou por momentos de sufoco, agora com um leão mais ágil, com William mais adiantado e um João Mário endiabrado a abrir brechas por todos os lados. Marco Silva tentou reforçar a posição na área com a troca de Montero por Slimani, enquanto Conceição procurava saídas mais rápidas com a entrada de Salvador Agra.

O jogo estava agora aberto, o Braga ainda reclamou mais uma grande penalidade por falta sobre Pardo (viu amarelo por simulação) e Adrien fez o terceiro, com uma bomba à entrada da área, depois de um mau alívio do Braga. Pelo meio, Marco Silva perdia Jefferson que saiu com queixas físicas, mas entrou Cédric para a direita, Miguel Lopes compensou à esquerda e o Sporting continuou por cima. O Braga ainda esteve perto de reduzir, num remate de Rafa e num livre de Danilo que ainda roçou na trave, mas a última palavra foi mesmo dos leões, com Slimani a entrar de rompante na área para assinar o quarto golo a fechar o golo. Minutos antes, grande ovação para Nani, rendido por Carlos Mané, naquele que terá sido o último jogo do extremo emprestado pelo United em Alvalade.
 
Um jogo que, apesar de tudo, não permite tirar muitas ilações para a final da Taça de Portugal. Faltaram algumas peças essenciais e uma final é uma final.