A FIGURA: Afonso Sousa

Um tratado de bom futebol. A dada altura até teve em perigo a sua continuidade em jogo, devido a problemas físicos, mas em boa hora conseguiu recuperar, ou pelo menos aguentar as dores. Afonso Sousa é o melhor jogador do Belenenses e isso nota-se a milhas de distância. Jogou com total liberdade no meio, e é assim que tem de atuar. Ora a baixar no terreno para pegar no jogo ora a jogar entrelinhas, o jovem médio foi sempre sinónimo de bom futebol durante todo o encontro e foi muito por ele que a equipa de Franclim Carvalho foi tendo, aqui e ali, alguns bons momentos com bola. Safira foi decisivo, sim, mas Afonso Sousa foi quem mais encheu o campo esta tarde/noite no Jamor.

O MOMENTO: Borevkovic perdoa, Safira não (minuto 50)

O resultado estava «atado», até que Safira resolveu desatá-lo. Borevkovic comprometeu com o mau passe, Carraça assistiu e Safira não perdoou na cara de Bruno Varela. Foi assim o 1-0, decisivo na partida.

OUTROS DESTAQUES

Safira

Que bela maneira de se tornar no melhor marcador do Belenenses na época. Safira somou apenas o quinto golo em 21/22 – isso diz muito do pouco aproveitamento ofensivo que os azuis têm tido –, mas a verdade é que começa a ser uma espécie de talismã da equipa. Trabalhou muito em prol da equipa e acabou a ser decisivo com o único golo do encontro. Na cara de Bruno Varela, não cedeu à pressão e finalizou com eficácia.

Carraça

Pisou vários terrenos do relvado durante o encontro, e acabou também ele por ser decisivo. Foi criando perigo nas bolas paradas e soube sempre o que fazer em campo – nota-se que é muito experiente. A assistência de Safira foi de grande qualidade e deu ainda mais consistência à sua exibição.

Rúben Lameiras

O mais irrequieto dos três homens que começaram no ataque do Vitória de Guimarães. Por dentro ou por fora, Lameiras tentou sempre desequilibrar através da sua qualidade técnica, e só não fez mais estragos porque nunca teve o acompanhamento que se pedia. Perdeu protagonismo quando passou para o lado esquerdo.

Rafa Soares

Muito mais ativo do que o seu companheiro do lado direito da defesa, João Ferreira. Rafa nunca se mostrou tímido na hora de subir e causou algumas vezes calafrios à defesa dos azuis, nomeadamente através do cruzamento, um dos seus pontos fortes.