Daniel Ramos, treinador do Boavista, em declarações após o empate a zeros frente ao Tondela, na 24ª Jornada da Liga:

«Estava à espera de um jogo de luta, quando as equipas vêm de resultados que não são os que devem ter, o maior apelo que fazemos é entrega, luta, trabalho, se possível qualidade. E entrega, luta e trabalho existiram de parte a parte»

«Equipas a lutarem muito, a trabalharem, a procurar não arriscar muito nas saídas curtas, não perder bolas que penalizassem a equipa. Tentar ir com objetividade à baliza e foi isso que caracterizou um pouco o jogo. Percebi que era importante para eles regressar aos pontos, tentámos vencer, eles também»

[Dupla de médios, mais físicos e menos posse de bola]

«A ideia é dar ouro tipo de nuances à equipa. Não tivemos tantas opções e os resultados não ajudaram com a entrada de jogadores com cateterísticas diferentes, então queria-se uma equipa mais de mangas arregaçadas, tentar dar caminhos para que a bola pudesse fluir de maneira diferente. Percebi que íamos ter um jogo intenso, com muito duelo. Não quisemos perder a esse nível, tentámos trazer uma equipa mais musculada. Estava à espera que fossemos mais serenos na chegada à baliza. Podíamos ter feito golo nas situações que tivemos. Tivemos uma grande capacidade de trabalho e a equipa tem de ser premiada por isso. Quando não se consegue vencer, soma-se, e foi isso que aconteceu»

[Trinta pontos são suficientes para a manutenção?]

«Só penso em somar, por norma tem sido nos 30 a 32 pontos. É preferível desconfiar e somar. Quando estivermos acima desse número, é possível que não sejam necessários tantos pontos»

[Ponto conquistado ou oportunidade perdida?]

«No final do jogo pensamos…um ponto. Em outros jogos arriscámos e acabámos por perder pontos, já vamos em três ou quatro pontos assim. Se tivéssemos sido mais cautelosos, estávamos mais tranquilos, com mais pontos. Os pontos fazem parte do processo de evolução de equipa. Não sei se é um ganho ou dois perdidos. Quando estamos na necessidade de pontuar, para inverter ciclos, normalmente são pontos ganhos. Pareceu-me um resultado justo, pelo equilíbrio. Acaba por ser natural este empate»

[um reparo de Daniel Ramos]

«Desagrada-me ter VAR e não saber o que está a acontecer. Dizem-me que num lance nosso foi mão, mas eu não vi, foi longe. No primeiro golo que sofremos com o Sporting, havia um poste pela frente. Temos uma ferramenta valiosa para tirar dúvidas e o Boavista é a segunda vez que é penalizado, porque não há capacidade de análise por parte do árbitro. Tem de estar disponível a responder ao que são as contingências do jogo. Não me sinto nada agradado».