Declarações do treinador do Arouca, Daniel Ramos, na sala de imprensa do Estádio do Dragão, após o empate ante o FC Porto (1-1), em jogo da 4.ª jornada da I Liga portuguesa:

«Pontuar perante uma grande equipa como o FC Porto é sempre positivo. Quem está próximo do final, a vencer, espera aguentar um bocadinho mais. Estávamos a sofrer bastante na ponta final e ficou aquela sensação de que era só mais um bocadinho. Podia ter proporcionado uma vitória histórica e com isso ter outro sabor. Contudo, percebemos que enquanto é jogo, há jogo. E lembro que aqui, com o Santa Clara, perdei aos 90+5m e tive um canto a favor aos 90+4m. Faz parte do futebol e percebemos que, enquanto há jogo, tudo é possível. Tenho de aceitar. Claro que, como referi, quando se está por cima, tão perto do final, a vitória ali tão perto, queremos é que o jogo acabe. Não aconteceu, acabámos por sofrer.»

«Em relação à arbitragem, não vou por aí. Quero valorizar a prestação da minha equipa. Sei que aconteceram várias contingências, faltaram imagens, comunicação e também um aumento do tempo extra anormal, 17 minutos, depois passou para 22. Fiquei mais descontente com os 22. É o que é, é uma definição de tempo, tenho a minha opinião, vou guardá-la para mim. Este tempo que se começa a ver em vários jogos, aumentar o tempo, é preciso uma reflexão. É importante que se reflita. Não estamos habituados e, ao não estarmos habituados, o que vai acontecer é aumentar ruído em torno deste aumento extraordinário de tempo. Não sei se este é o melhor caminho. Aceito as regras, a arbitragem decidiu bem ou mal, ainda não vi os lances. Não vou comentar em relação a uma ou outra decisão tomada, porque sem ter dados ou factos, não vou por aí. Quero valorizar a prestação da minha equipa, que trabalhou muito. Quando foi possível atacar, atacou, bem organizada, plano de jogo bem feito. Passava por aguentar os primeiros minutos e chegar ao intervalo em jogo, a ganhar, a empatar ou a perder por um, porque também tínhamos armas ofensivas. Na segunda parte, mantivemos postura, chegámos ao golo. Sofremos bastante na parte final e não conseguimos aguentar mais. No final, uma prestação com muito mérito.»

[Conversa com o VAR:] «O árbitro chamou-me e ao Vítor Bruno e o que disse foi que eles perderam conexão, embora a imagem tenha sido analisada pelo VAR na Cidade do futebol e que tinha a indicação que não era penálti. Ele não podia confrontar com a imagem e tinha de acreditar no que o VAR estava a dizer. Era uma decisão difícil para ele, em que o que nos disse que ia seguir o VAR, porque o VAR tinha analisado a imagem na Cidade do Futebol.»