Depois de três derrotas consecutivas na Liga, o Desportivo de Chaves venceu o Vizela, por 2-1, na abertura da 12.ª jornada.

Moreno mudou mais de meia equipa, os visitantes até estiveram a vencer, mas os flavienses operaram a reviravolta e deixaram, à condição, a zona de perigo na tabela.

O FILME DO JOGO

Após um ciclo negativo, que além dos maus resultados para o campeonato incluiu também o afastamento da Taça de Portugal, o Chaves apresentou-se com seis mudanças, a começar pela baliza, onde Rodrigo Moura rendeu Hugo Souza. Moreno enviou uma mensagem à equipa, enquanto Pablo Villar manteve a base que contribuiu para o período positivo que o Vizela protagonizou nas últimas semanas.

O Chaves entrou por cima, a tentar encostar o Vizela ao seu reduto defensivo e a criar ocasiões de golo, sobretudo por Jô Batista, que foi sempre o mais irrequieto dos flavienses. Contra a corrente do jogo, quem marcou foi o Vizela.

Ainda antes do primeiro quarto de hora, Diogo Nascimento, muito esclarecido com bola, descobriu Lacava no corredor esquerdo e o venezuelano tirou um cruzamento para o desvio de Samuel Essende, que estava em jogo por 7 centímetros.

Sem a fluidez de jogo dos primeiros minutos, os transmontanos foram em busca da reação e do golo da igualdade, mas nem precisaram de muito para o conseguir. Em cima da meia hora, a bola foi ao braço de Nuno Moreira na área do Vizela, num lance muito contestado pelos visitantes. Ainda assim, Luís Godinho assinalou para a marca de penálti, o VAR confirmou a decisão e Héctor Hernández fez o oitavo golo na Liga, isolando-se no segundo posto da tabela de artilheiros.

Seguiu-se, depois, o melhor momento do Vizela. A equipa de Pablo Villar dominou em posse, obrigou o Chaves a recuar e circulou junto à área flaviense. O 2-1 só não apareceu porque Matías Lacava enviou uma bola ao ferro, num lance que, caso terminasse em golo, praticamente arrumava a questão de golo da jornada.

Se o primeiro tempo foi animado, a segunda parte esteve muito aquém das expectativas.

Tal como nos primeiros minutos de jogo, o Chaves voltou a entrar melhor e completou a reviravolta aos 48 minutos. Leandro Sanca inventou uma jogada pelo corredor central, combinou com Héctor e serviu Jô, que fez o golo que tanto procurou na primeira parte.

A ganhar, a equipa de Moreno – que até tem a pior defesa da Liga – organizou-se defensivamente e fechou os caminhos para a baliza de Rodrigo Moura.  

Por seu turno, os vizelenses revelaram muita incapacidade para ferir o adversário e nem sequer remataram à baliza, isto apesar de Pablo Villar ter dotado a equipa de várias armas ofensivas. Em sentido contrário, percebendo a importância dos três pontos, Moreno deu ainda mais “músculo” ao Chaves e tirou frutos dessa estratégia.

A equipa transmontana iguala os 10 pontos do Vizela e sobe ao 15.º lugar, mesmo acima da "linha de água».