Declarações de Luís Castro, treinador do Desp. Chaves, na sala de imprensa do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após o triunfo ante o Moreirense:

«Resultado muito melhor que a exibição. Não conseguimos ir para além de quatro, cinco passes seguidos depois do primeiro quarto de hora. Mesmo nesse período, jogámos pouco no meio campo adversário. Na segunda parte, estratégia diferente, tentar alongar um bocadinho mais o jogo, mas não conseguimos. Valeu a energia dos adeptos, bem melhores que a equipa hoje. Resultado vai direitinho para a massa associativa.»

[Chaves na luta pela Europa?]

«Estou muito focado no trabalho diário. Estar a definir objetivos em termos classificativos é prematuro da minha parte. O essencial é trabalhar para sermos bem melhor no próximo jogo.»

[Meta pontual?]

«Nós habituámo-nos a dizer que os jogadores estão motivados ao subir, ao conquistar determinado número de pontos. Também há um pré-conceito no desporto que é: “ah, o treinador não quer definir uma meta para não se responsabilizar”. Mas que maior responsabilidade há do que colocar a equipa todos os fins-de-semana em campo? E outra motivação grande que temos é representarmos uma região do país em que muitas das pessoas que habitam nela têm uma vida muito sofrida. E a grande alegria da semana é o seu Desportivo de Chaves ganhar.»

«Vou dizer o que disse aos jogadores: pior que o que nós fizemos hoje era jogar assim e perder. Não podemos ser mais sinceros. Mas não é por isso que vamos desistir. É isso que sinto. Não posso penalizar quem tão bem fez até agora, quem trazia na ideia em fazer bem. A semana de trabalho foi muito boa. Do outro lado, está um adversário que lutou até à exaustão, o Moreirense merecia um resultado melhor.»

[Satisfação redobrada pelo início de época não tão bom?]

«Em determinado momento ia para sair amargurado de algo que eu queria fazer bem. E ter tido oportunidade de representar o Desportivo de Chaves e não conseguir fazer bem era uma amargura que iria transportar comigo. Felizmente, o futebol proporcionou que eu continuasse e conseguisse desenvolver trabalho. No dia em que sair da instituição, já saio com o meu interior mais alimentado do que se saísse precocemente e sem resultados.»