* por Pedro Morais

O momento: Juan Quintero, quem mais? Com uma grande visão de jogo, descobre Herrera nas costas de Marcelo através de um passe pelo ar. O mexicano dominou de peito e cabeceou para o 2-0, aos 72 minutos. Depois de ter estado na origem do primeiro golo dos dragões, o brilhantismo do esquerdino volta a sobressair. Éderson bem tentou, mas não conseguiu impedir o segundo golo azul e branco.

A figura:
Quintero: Brilhantismo e requinte, com toques de muita classe. Entrou ao intervalo para o lugar do apagado Josué e mudou completamente o rumo da partida. Foi o motor do FC Porto na segunda parte e dos pés do colombiano saíram excelentes apontamentos. Esteve no lance dos três golos: no primeiro, faz um excelente passe para Jackson, que se isola e sofre grande penalidade; no segundo, vê Herrera desmarcar-se nas costas de Marcelo e com um grande passe pelo ar isola o mexicano, que cabeceia para o 2-0; no terceiro, sofreu a falta para o livre. Foi o grande responsável pela vitória azul e branca na partida.

Positivo

Danilo: Consistente. Foi dos poucos jogadores do Porto que esteve bem, quer na primeira, quer na segunda parte. Protagonizou alguns bons lances pela direita do ataque portista e não comprometeu a defender. Demonstrou mais uma vez um grande pulmão. Culminou a boa exibição com um golo, o terceiro do FC Porto, através de um pontapé livre já nos descontos.


Negativo
Josué:
O médio português foi o pior em campo e não chegou nunca a entrar verdadeiramente em jogo. Tarantini e Filipe Augusto trataram de trancar o jogo do camisola «8» do FC Porto, que, mesmo nos poucos momentos em que teve espaço, não conseguiu fazer a diferença. Num contra-ataque possivelmente perigoso a favor dos dragões, passou a bola para as costas de Jackson e o lance perdeu-se pela linha lateral. Foi bastante assobiado pelos adeptos portistas que não perdoaram a má exibição. Cedeu o lugar a Quintero, no intervalo.


Outros destaques

Jackson:
Letal. Não teve muitas vezes a bola, principalmente na primeira parte, porque esta não lhe chegava nas melhores condições. Mas das poucas vezes que recebeu perto da baliza, sofreu uma grande penalidade que o próprio converteu. Décimo nono golo do colombiano no campeonato, cada vez mais o provável vencedor do prémio de melhor marcador.

Ederson: Esteve bastante seguro e protagonizou algumas boas intervenções quando foi chamado ao jogo. Sofreu três golos em lances em que pouco ou nada podia fazer. Um de grande penalidade, outro num cabeceamento completamente à vontade de Herrera e o último num potente livre de Danilo. O resultado poderia ter sido mais pesado, não fosse a boa exibição do brasileiro.

Tarantini: Mais um bom jogo do médio do Rio Ave. Esteve bem a defender e foi um perigo na área adversária. Escondeu Josué no bolso e por duas vezes, com dois cabeceamentos, esteve muito perto de marcar. Voltou a demonstrar que é um dos grandes responsáveis pela boa temporada do Rio Ave.