Momento: Vitinha quer ir ao Qatar

Este vai ser, com certeza, o golo da jornada. Um golo de levantar as bancadas, aos 31 minutos, que nem deixou os adeptos do Estoril indiferentes. Ricardo Horta amorteceu a bola mesmo à entrada da área e, depois, ficou ali, aos saltos, à espera de um remate rasteiro do possante companheiro que estava mesmo à sua frente. No entanto, contra todas as espectativas, Vitinha rematou seco e colocado, levando a bola à trave e a entrar. Um grande golo que teve o condão de reforçar os índices de confiança que o Braga já exibia. Além do golo, o avançado esteve em destaque ao longo de todo o jogo, com arrancadas impressionante e, numa delas, esteve muito perto de voltar a marcar, com um remate às malhas laterais. Mas é o grande golo que fica na retina e que até pode valer um «bilhete» para o Qatar daqui a um mês.

Figura: Ricardo Horta de batuta em punho

Não foi dos jogos mais vistosos do número 21 do Braga, mas esteve sempre muito ativo e presente nos momentos capitais do jogo. Foi ele que cruzou para a cabeçada de Tormena, no lance do primeiro golo. Foi ele que amorteceu a bola para o golaço de Vitinha. Foi ele, no fundo, que esteve na origem de quase todos os lances de ataque do Braga. Entre os dois golos, esteve perto de também marcar, num remate que proporcionou a defesa da tarde a Dani Figueira. Já no segundo tempo, fez um grande passe a abrir uma autoestrada para Abel Ruiz, mas o espanhol atirou ao lado.

Outros destaques:

Al Musrati

Se o Braga demonstrou extrema confiança ao longo de todo o jogo deve em boa parte à ação do possante Al Musrati na zona central do terreno onde, em sintonia com Castro, controlou, geriu os tempos de jogo, acelerou e permitiu à equipa descansar. Pelo meio, ainda foi lá à frente para, numa recarga a um primeiro remate de Tormena, abrir o caminho para a vitória, com um remate rasteiro.

Tiago Santos

Jogou no lado direito da defesa do Estoril e, enquanto teve pulmão, fez todo o corredor, oferecendo profundidade à sua equipa, com constantes ataques à linha de fundo. Nem sempre cruzou bem, mas a verdade é que conseguiu ganhar muitas vezes a Sequeira para chegar ao último terço. Acabou por ceder o lugar a Gonçalo Esteves na segunda parte. Já não dava para mais.

Dani Figueira

Sofreu dois golos, mas fez um bom par de intervenções que deixaram a sua marca bem vincada no jogo. A começar pelo lance do primeiro golo do Braga, em que fez uma grande defesa a uma primeira cabeçada de Tormena, mas já não foi a tempo de evitar o remate de Al Musrati. Depois defendeu ainda uma bola com selo de golo de Ricardo Horta e fez mais uma grande defesa a remate de Rodrigo Gomes.

Tormena

Grande exibição do central a fechar todas as portas da área minhota aos canarinhos. Esteve na origem do primeiro golo, com uma grande cabeçada, mas foi a defender que deixou a sua imagem bem vincada neste jogo.