Água mole em pedra dura tanto bate até… que não fura! O Moreirense tentou, tentou, mas não conseguiu marcar frente ao Famalicão, acabando o marcador por não sair do nulo. Os cónegos estiveram melhor durante todo o encontro e jogaram a segunda parte toda em superioridade numérica, por expulsão de Pablo em cima do intervalo. O jogo ficou marcado pela lesão de Dinis Pinto que, após chocar de cabeça com Francisco Moura, perdeu os sentidos. Acabou por recuperar, tendo ido ao hospital fazer exames de despiste.

Ainda assim, de dispor das melhores ocasiões, o golo não apareceu e a divisão de pontos foi uma realidade. Os famalicenses passaram completamente ao lado do jogo ofensivamente, salvando-se a boa organização defensiva e a inspiração de Luiz Júnior na baliza. João Pedro Sousa tentou fazer o que fez na segunda metade de Braga, onde deu a volta ao marcador, mas, desta feita, não foi bem-sucedido.

Duas mudanças

As duas equipas chegavam a este encontro vindas de resultados antagónicos. O Famalicão venceu, surpreendentemente, em Braga (2-1) e técnico, tal como já referimos, usou, contra os cónegos, a mesma fórmula que tinha utilizado na segunda parte na partida frente aos bracarenses. O técnico apresentou um 4x4x2, com Henrique Araújo e Aranda a render Dobre e Liimatta.

Já os cónegos perderam na jornada inaugural, mas deixaram uma excelente imagem frente ao FC Porto, entrando a vencer nessa partida. Por isso, Rui Borges não fez qualquer alteração no onze, numa equipa onde apenas três jogadores não faziam parte da equipa de Paulo Alves que se sagrou campeã da Liga 2 na época passada.

O início do jogo foi de má sorte para Dinis Pinto. O reforço do Moreirense, vindo do Sp. Braga, chocou violentamente de cabeça com Francisco Moura e perdeu os sentidos. O lateral direito acabou por recuperar os sentidos, porém foi substituído e encaminhado para o hospital para realizar exames complementares. Quando ao jogo, a formação de Moreira de Cónegos entrou a mandar e assim continuou durante toda a primeira metade.

Os famalicenses só conseguiam ter posse de bola no setor defensivo e sentiam dificuldades em ligar o jogo com os médios e com o ataque. Já o Moreirense apresentava-se mais pressionante, acabando por ter mais bola e a circular o jogo com maior facilidade. Aproveitando os espaços nas alas, já que os locais posicionavam muitos jogadores no meio, chegavam com maior facilidade ao ataque.

Alan era o cónego mais perigoso e foi dos pés dele que saiu a primeira ocasião de perigo. Com um remate cruzado, obrigou Luiz Júnior a aplicar-se. Depois, após boa jogada coletiva, Franco apareceu à entrada da área a rematar rente ao poste. A fechar os primeiros 45 minutos, Alan tentou novamente de longe, mas o guardião famalicense voltou a negar o golo.

Ainda antes do descanso, Pablo fez jogo perigoso sobre Marcelo e acabou por levar o segundo cartão amarelo, deixando o Famalicão a jogar em inferioridade numérica.

Mais Moreirense não chegou

João Pedro Sousa fez duas alterações de uma assentada, lançando para a segunda metade Topic e Dobre para os lugares do apagado Henrique Araújo e Aranda. Os cónegos recomeçaram com a mesma equipa, mas acabaram por trocar Franco, que está estava a fazer uma excelente partida, entrando o criativo Pedro Aparício. E foi dos pés dele que saiu uma das melhores oportunidades. Após combinar bem com Alan, apareceu na cara de Luiz Júnior, que fez uma belíssima mancha e impediu o golo.

O Famalicão só à passagem do minuto 70 criou uma ocasião digna de registo. Após cruzamento da esquerda e alguma atrapalhação na área, Zaydou rematou à meia-volta para grande defesa de Kewin. Mas este lance foi a exceção que confirma a regra. O jogo era todo do Moreirense que, ainda assim, sentia dificuldades para ultrapassar a barreira defensiva famalicense. O apito final soou para felicidade dos locais e para desânimo dos forasteiros.