Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, na sala de imprensa, após derrota por 3-0 frente ao FC Porto:

«Na primeira parte estávamos dentro do plano e do que poderia acontecer consoante o nosso posicionamento, da forma como programamos o jogo e o estávamos a executar. A perda do Rafael Camacho tirou-nos alguma profundidade e deixou o Porto mais confortável.

Aquilo que muda o jogo foi o que não permitimos na primeira, que é uma oportunidade e um golo. A partir daí é carregar uma carga emocional pesada e o jogo acaba por ficar definido. Não há muito mais a dizer, um golo do Porto ia acarretar para nós uma carga emocional para nós muito grande.

[como encara o jogo que falta?] É fundamental perceber que as equipas que estão a disputar a permanência estão em situações iguais. Fundamental é perceber que o que está para trás não conta para nada. Quem carregar o passado para um jogo destes vai ficar lá agarrado. Tive essa conversa no balneário e sabíamos que o que quer que acontecesse hoje não nos ia tirar nada. Teríamos que ir sempre ao último jogo para vencer. O contexto emocional é muito importante e é importante termos emoções boas.

[ausência de Fábio Coentrão] As declarações não tiveram impacto negativo nenhum na equipa e infelizmente o Fábio está fora por questões físicas. Vamos ver se ele tem condições para estar no próximo jogo. O que ele disse podia ter sido eu a dizer, estamos frustrados e é normal.

[prefere na próxima partida ter um Nacional já despromovido ou ainda na luta?] É absolutamente indiferente. Eu acredito no caráter dos homens, não me parece que serão as condições que irão ditar aquilo que cada um vai fazer no jogo. Será sempre um contexto difícil, por isso temos de nos preparar. Sendo que, obviamente, se o nacional não disputar nada é sempre melhor para nós».