Álvaro Pereira e Jorge Fucile, dois antigos internacionais uruguaios, voltaram a encontrar-se esta terça-feira no programa «FC Porto em casa» e o lateral esquerdo recorda que, antes de assinar pelo FC Porto, esteve com um pé no Benfica e chegou a ligar ao compatriota Maxi Pereira, na altura lateral do Benfica, que o aconselhou a ir…para o Dragão.

Dois bons amigos que já não se viam desde a última vez que tinham estado juntos na seleção celeste. Foi, portanto, um reencontro feliz, entre os dois laterais que jogaram muitas vezes juntos ao longo de três temporadas no FC Porto.

«É sempre bom estar perto do Fucile, é um grande amigo. Gosto muito dele, não só me ajudou no relvado, mas também fora. Não só no FC Porto, mas também na seleção. Está sempre presente quando precisas», começou por destacar um Álvaro Pereira, também conhecido por «Palito», emocionado.

Fucile retribuiu os elogios. «O Palito está sempre a sorrir, quer jogue, quer não jogue, mas ele jogava sempre. Estávamos sempre juntos, não só no FC Porto, mas no Mundial da África do Sul também ficámos no mesmo quarto, ficávamos até muito tarde a conversar sobre os jogos. No FC Porto também quando jogávamos na Champions acontecia a mesma coisa. Às vezes jogava no lugar dele e ficava um pouco chateado, mas era raro», conta.

O Palito conta que foi no FC Porto onde foi mais feliz na carreira e, até hoje, está arrependido de ter saído para o Inter Milão. «Foi o clube onde fui mais feliz. Foram três anos muito bonitos. Tem a ver coma identidade do clube. Eu e o Fucile viemos juntos da Argentina de avião e, desde esse dia, o Fucile não me deixou um minuto, fez tudo para que a adaptação fosse rápida. O Jesualdo [Ferreira] foi um treinador que me marcou muito. Aprendi muito sobre a minha posição. Ficava a falar comigo depois do treino e ensinou-me muitas coisas», recorda o atual lateral do River Plate.

Álvaro Pereira, quando chegou ao FC Porto, em 2009/10, disse que só precisou de «quatro minutos» para decidir, um ano depois de Cebola Rodríguez ter dito que tinha precisado de cinco, mas a verdade é que o antigo lateral esquerdo esteve muito perto de assinar pelo Benfica.

«Na altura estava a jogar na Roménia e fui chamado para a seleção. Quando parti ia haver uma reunião entre os dirigentes do Cluj e do Benfica, mas, no dia seguinte, disseram-me que ia para o FC Porto», começa por contar.

Neste intervalo, Palito chegou a falar com o compatriota Maxi Pereira para saber do Benfica. «Cheguei a falar com o Maxi e, na altura, ele disse-me, vai para o FC Porto. Depois disso, nos três anos em que estivemos juntos, eu o Cebola e o Fucile, tentámos sempre convencer o Maxi a ir para o FC Porto», revela.

Maxi Pereira acabou, de facto, por também rumar ao Dragão, em 2015/16, mas já lá não estavam nenhum dos compatriotas.