Vítor Campelos, treinador do Gil Vicente, em declarações na sala de imprensa, após a derrota na visita ao Rio Ave, por 3-0, em jogo da 28.ª jornada da Liga:

«[O que aconteceu na primeira parte, onde o Gil Vicente não foi a equipa que costuma ser?] Na primeira parte estivemos aquém do que temos feito, além de o Rio Ave ter jogado a favor do vento que neste estádio tem influência. Fomos pouco agressivos, devíamos ter sido mais agressivos nas disputas de bola e mais ativos. Só nos libertámos depois de sofrer o 1-0, temos de perceber que nestes jogos temos de encarar todas as disputas de bola como se fosse o último lance, sermos mais agressivos e jogar com confiança. Depois do 1-0 libertámo-nos, chegámos com mais perigo e depois, num lance em que estávamos desequilibrados porque quisemos ir com a ânsia do empate, é marcado penálti.

Vamos para o intervalo a perder 2-0, falámos que tínhamos de ser mais agressivos, até porque íamos jogar a favor do vento, começámos melhor a segunda parte do que a primeira, mais agressivos, mas depois da expulsão e do 3-0 fica mais difícil. Fizemos alterações, também para a equipa estar equilibrada. Ao contrário da semana passada, em que o resultado foi totalmente injusto para aquilo que fizemos, hoje não estivemos ao nível dos outros jogos e por isso perdemos o jogo.»

«[A derrota deveu-se mais a uma questão de atitude ou o plano tático é que falhou?] Sabemos que o Rio Ave joga junto há algum tempo, está bem trabalhado e tem joagdroes de grande qualidade. Mas foi mais o início de jogo, o vento ajuda muito e, na escolha de campo, se pudéssemos ter escolhido, tínhamos escolhido como o Rio Ave escolheu. Mas foi a agressividade, os níveis de concentração que têm de ser mais elevados. Estamos na I Liga e esses níveis têm de ser no máximo e na primeira parte não estiveram ao nível dos outros jogos.»

«[Qual é a explicação para as substituições ao intervalo, em que renova o corredor direito?] Na primeira parte, o Pedro [Tiba] estava a construir por trás e o Martim e o Fujimoto estavam longe da primeira fase de construção. Queríamos que o Fujimoto e o Martim se aproximassem do Tiba para atrair os médios do Rio Ave e para que encontrássemos espaços nas costas da linha média. A anegrada do Maxime é porque era mais um elemento no jogo interior, enquanto o Zé Carlos tem pendor mais ofensivo do que o Alex [Pinto]e foi por aí.