Depois de quase uma década ligado ao Sporting, João Palhinha fez as malas e mudou-se para Londres, para ser reforço de Marco Silva no Fulham.

Quis o destino que o internacional português passasse por Portugal neste verão, para participar com a equipa londrina no Troféu do Algarve, competição de pré-época na qual defrontou o Benfica.

Em entrevista exclusiva ao Maisfutebol/TVI, Palhinha falou sobre a adaptação ao novo clube, ele que vive a primeira experiência no estrangeiro.

O médio de 27 anos aproveitou ainda para identificar um dos problemas do futebol português, recordou a passagem longa pelo Sporting e elogiou Ruben Amorim, um treinador que «sabe lidar com os jogadores».

Nesta quarta e última parte da entrevista, João Palhinha defende que os árbitros portugueses deviam ter uma postura menos rígida durante os jogos e garante que não olha para o Mundial 2022 como uma obsessão.

PARTE I – Palhinha: «Amorim sabe lidar com os jogadores, não está sempre a 'xingar'»

PARTE II – «Marco Silva conhece-me bem, por isso é que pagou o que pagou por mim»

PARTE III – «Quando voltei ao Sporting muitos pensavam que estava de malas feitas…»

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Antes de viajar para Inglaterra, para consumar a mudança para o Fulham, disse que considera a Premier League o melhor campeonato do mundo. É onde sente que as suas características podem encaixar com mais facilidade?

É um campeonato físico, eu sou um jogador que gosta de contacto e de lutar pela bola. Às vezes isso em Portugal é difícil. Os árbitros deviam deixar jogar mais. Não quero estar a criticar, isso prejudica muito a qualidade do nosso futebol. Acredito que não sou o único a pensar isso. Inclusivamente o tempo útil de jogo no nosso país revela isso mesmo. Às vezes os jogadores, quando querem fazer um desarme, já pensam se vão ao chão ou não porque o árbitro marca logo falta. Temos de ter em consideração isso e para bem do nosso futebol temos de fazer o upgrade nesse aspeto.

Que peso é que teve a ambição de ser convocado para o Mundial 2022 na mudança para o Fulham?

Esta mudança tem a ver com um conjunto de situações. Obviamente que é diferente jogarmos no campeonato português ou na Premier League, mas em Portugal também jogava num grande, no Sporting. Na Seleção Nacional sei que isso não pesa muito, mas é diferente jogar na Premier League. Claro que gostava de ir ao Mundial, vou trabalhar para isso, mas não é uma obsessão que tenho no meu dia a dia. Espero ser convocado pelo meu valor e pelo meu trabalho.