Depois de quase uma década ligado ao Sporting, João Palhinha fez as malas e mudou-se para Londres, para ser reforço de Marco Silva no Fulham.

Quis o destino que o internacional português passasse por Portugal neste verão, para participar com a equipa londrina no Troféu do Algarve, competição de pré-época na qual defrontou o Benfica.

Em entrevista exclusiva ao Maisfutebol/TVI, Palhinha falou sobre a adaptação ao novo clube, ele que vive a primeira experiência no estrangeiro.

O médio de 27 anos aproveitou ainda para identificar um dos problemas do futebol português, recordou a passagem longa pelo Sporting e elogiou Ruben Amorim, um treinador que «sabe lidar com os jogadores».

É sobre o jovem técnico dos leões que João Palhinha fala neste primeiro excerto da entrevista.

PARTE II – «Marco Silva conhece-me bem, por isso é que pagou o que pagou por mim»

PARTE III – «Quando voltei ao Sporting muitos pensavam que estava de malas feitas…»

PARTE IV – Palhinha: «Em Portugal, os árbitros deviam deixar jogar mais»

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Pelo que o João conseguiu no Sporting nos últimos anos, o Ruben Amorim é o treinador que teve mais impacto na sua carreira?

Felizmente, tive oportunidade de ter grandes treinadores ao longo da minha carreira, e todos eles acrescentaram muitas coisas positivas. O Ruben se calhar foi quem trabalhei mais anos, foram praticamente três anos e meio. Foi com ele que tive a minha afirmação no Sporting, e por isso é que as pessoas podem achar isso. Mas no Sp. Braga, por exemplo, também fiz duas excelentes épocas, com outros treinadores, mas como não é um clube tão mediático como o Sporting, não se fala tanto. E claro que quando conquistamos títulos é sempre diferente, é inevitável. O mister Ruben Amorim foi muito importante no meu crescimento, assim como todos os treinadores que tive até hoje.

Palhinha e Amorim festejam a conquista do título do Sporting em 2020/21

E o que faz de Ruben Amorim um treinador tão especial?

É a sua maneira de ser. Todos os treinadores são diferentes. É um treinador que sabe lidar com os jogadores, não está sempre a ‘xingar’. Sabe falar com os jogadores quando algo não está bem, sabe comunicar com eles, e acho que o segredo hoje em dia é o fator comunicação de um treinador para um jogador. Às vezes é mais importante isso do que até o próprio conhecimento tático. Hoje em dia, isso define muito a carreira de um treinador.