Concentração e eficácia. Assim se explica a vitória alcançada pelo Portimonense, este sábado, na visita ao ‘caldeirão’ dos Barreiros, onde mora um Marítimo que adoraria poder contar com as virtudes dos algarvios.
 
Wellinton, praticamente na única grande ocasião que dispôs para finalizar, fez o 0-1 que selou um triunfo que premeia a organização e a confiança da formação de Portimão ante um adversário que, apesar de ter mostrado algumas melhorias em relação às más exibições deste arranque de campeonato, denota que tem muito trabalho para frente para sair do fosso em que se encontra. 
 
Paulo Sérgio, que somou o terceiro triunfo consecutivo no campeonato, vai continuar a trabalhar sobre vitórias, como bem gostam os treinadores. Já Vasco Seabra viu a sua missão ficar ainda mais complicada: soma quatro derrotas em outras tantas jornadas.
 
 
Obrigado a mexer na equipa base mais uma vez, Vasco Seabra fez quatro mudanças no onze inicial que foi a jogo na goleada sofrida em Braga, por 5-0. Miguel Silva, Vítor Costa, Edgar Costa e Miguel Sousa ficaram no banco para acomodar as apostas em Zainadine, Trmal, Zarzana e Moreno, estes últimos três todos reforços contratados neste defeso que assim se estrearam a titulares.
 
Quanto ao Portimonense, Paulo Sérgio fez alterações em relação ao encontro anterior (triunfo com reviravolta na receção ao V. Guimarães), promovendo as entradas de Luquinha e Ewerton para os lugares de Paulo Estrela e Diaby. 
 
A primeira parte do duelo ofereceu períodos de domínio repartido, com o Marítimo a revelar maior apetência ofensiva mas sem grande capacidade para criar lances para levar perigo efetivo às redes à guarda de Samuel Portugal.
 
O Portimonense, mais tranquilo em termos emocionais e também mais objetivo na forma como abordava o jogo, criou os melhores lances de perigo e quase sempre deu a melhor resposta às investidas insulares, que muitas vezes não passaram das boas intenções.
 
A paciência da equipa de Paulo Sérgio, que entrou para o último quarto de hora sob alguma pressão, acabou por ser premiada ao 43m, com Welinton, à meia volta, a finalizar para o 0-1, na sequência de um bom cruzamento de Moufi. Um golo de belo efeito, anotado um pouco contra a corrente do jogo, que deixou a dúvida se Trmal não podia ter feito mais.
 
Como era de esperar, o golo caiu muito mal entre os comandados de Vasco Seabra e a apatia que se instalou na equipa madeirense só não foi castigada com o segundo dos algarvios porque o guardião checo opôs-de de forma providencial à tentativa de finalização de Ewerton, já em período de descontos.
 
A etapa complementar trouxe um Marítimo apostado em chegar ao empate, mas sempre com o coração a liderar as ações, mesmo depois de Vasco Seabra refrescar o ataque.
 
Com o Portimonense recuado e apostado na gestão do relógio, o Marítimo passou a chegar mais vezes a zonas de finalização, mas faltou qualidade, sobretudo nos remates à entrada da área, que quase sempre passaram muito ao lado ou por cima da baliza de Samuel Portugal. 
 
Os algarvios passaram por alguns sustos na grande área, mas a concentração entre o último reduto dos visitantes nunca esmoreceu, ao contrário da vontade dos madeirenses, que com o passar o tempo foi perdendo alento e confiança quanto à possibilidade de reentrar na discussão do resultado.
 
As contas das grandes oportunidades da segunda parte são fáceis de fazer e são todas para o Portimonense: duas protagonizadas por Bryan Rochez, já descontos.