Declarações de José Gomes, treinador do Marítimo, na sala de imprensa do Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas, após a derrota (2-0) frente ao Moreirense:

[Explicação para a derrota e para a exibição] «A explicação ainda vamos ter que ir à procura de todos os detalhes. O jogo começou como esperávamos, com a coesão que caracteriza o Moreirense. Havia que procurar desequilibrar pacientemente. Começámos a fazer isso, a circular, conseguimos algumas vezes, mas depois há uma sequência de três cantos dando ascendente ao Moreirnese. A tónica de jogo foi essa, Marítimo com mais bola mas a circulação foi demasiado lenta e previsível e, portanto, não houve relação direta com a posse de bola e as oportunidades. Se olharmos para a frieza dos números há sinal mais para o Moreirense, mas hoje faltou uma coisa que tem de estar por trás de quem joga e que a minha equipa não apresentou, que é agressividade. Faltou alma, dinâmica e alegria a jogar. O único responsável seu eu, sei que os jogadores têm capacidade. O que aconteceu hoje merece uma reflexão profunda. O Marítimo é um clube muito grande, com um potencial enorme e o palmarés obriga a que quem representa tenha obrigatoriamente o máximo. É nesse sentido que temos de caminhar».

[Motivação para o que falta] «Dez jornadas são muitos jogos. Estamos a falar de trinta pontos em disputa. A questão é olharmos e pensar que ainda temos dez jornadas. Se olharmos para cada jogo como se fosse uma oportunidade única de fazer mais e melhor provavelmente as coisas já estariam de outra maneira. Acredito que os jogadores vão dar uma resposta já no próximo jogo. Há uma discrepância entre a forma como trabalham no treino e aquilo que acontece nos jogos. Tive um dirigente na Hungria que me disse uma vez que quando vai a um restaurante quer é que a comida seja boa e não quer saber como é que é feita na cozinha. Os treinos valem o que valem, mas acredito que vamos atingir os objetivos».