Paços de Ferreira foi este domingo à Vila das Aves buscar três pontos (que podem valer por seis), frente a um adversário direto, num encontro com quatro golos e muita história para contar.

O jogo começou muito quezilento, com bastantes interrupções, entre duas equipas a precisarem de ganhar, mas, sobretudo, sem se poderem dar ao luxo de perder, a fazer antever poucas mexidas no marcador. Mas a história do jogo acabaria por completamente diferente.

A jogar em casa e numa situação mais «desesperada», por já ocupar o último lugar há 17 jornadas, o Desp. Aves assumiu mais as despesas do jogo nos minutos iniciais, com os pacenses mais cautelosos, um pouco mais à espera a ver o que o adversário fazia.

E por isso, foram dos avenses os primeiros lances de perigo: aos seis minutos, Rúben Oliveira, na conversão de um livre, rematou para a área, para a defesa de Ricardo Ribeiro e aos 13 minutos, Welinton cabeceou na área, também para a defesa de Ricardo Ribeiro.

Quase a chegar à meia hora, o encontro disputava-se quase sempre no meio campo, o tempo útil de jogo era muito reduzido, e o perigo, diga-se, não tinha sido nada por aí além. Mas, quando se esperava que essa toada se mantivesse, Pedrinho desatou o jogo com um remate fortíssimo de fora da área, que só parou nas redes da baliza de Beunardeau.

Estava aberto o marcador. E o Paços, que provou das delícias do golo, ficou com vontade de mais. Logo no lance seguinte, Tanque sprintou até à área, mas acabou por rematar ao lado. Ficou o aviso, e os avenses pareceram ressentir-se desses dois momentos, retraindo-se.

Eram agora os pacenses que estavam por cima, mas, uma vez mais, o jogo traria surpresas. E ainda antes do intervalo, um balão de oxigénio chegou para a formação da casa na forma do golo do empate. Ricardo Ribeiro, que como já dissemos, até tinha estado bem a resolver os dois lances de perigo dos avenses, desta vez ficou muito mal na fotografia quando saiu da baliza numa transição ofensiva do Desp. Aves, deixou a bola passar-lhe pelo meio das pernas e ficar à mercê de Welinton, que atirou para o fundo da baliza

A segunda parte prometia um novo início para a formação da casa, uma nova oportunidade de ficar apenas a três pontos dos castores, mas o segundo golo do Paços não tardou a acabar com essa esperança. Hélder Ferreira a direita da área, fez um cruzamento/remate que enganou Beunardeau. O guardião do Aves nem se fez ao lance e a bola seguiu direitinha para o fundo da baliza.

Nuno Manta Santos mexeu da equipa, fez entrar Marius e Pedro Delgado à procura de uma reação ao golo que a equipa não conseguiu ter. Muito raramente o Aves voltaria a estar com perigo perto da baliza de Ricardo Ribeiro e quando esteve, o guardião e a defesa pacense não voltaram a falhar.

Pedro Delgado acabaria por estar em destaque, mas ao contrário daquilo que esperava. Foi ele quem aos 69 minutos fez a grande penalidade sobre Hélder Ferreira. Na conversão, Adriano Castanheira fez o 1-3, deixando os castores ainda mais confiantes e os avenses animicamente arrasados.

O Desp. Aves nunca tinha ganho ao P. Ferreira em casa e ainda não foi desta. Os castores somam agora 22 pontos, mais nove do que os avenses que continuam no último lugar.

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