César Peixoto, treinador do Paços de Ferreira, em declarações na sala de imprensa no estádio Capital do Móvel, após o empate (1-1) contra o Arouca, em jogo da oitava jornada da Liga:

«Fizemos um bom jogo até ao golo sofrido. Era um golo fácil de anular. Se fizéssemos o que trabalhamos, evitávamos o golo. Tínhamos o jogo controlado. Depois do golo a equipa fechou-se e pela falta de confiança, quis segurar o resultado. Depois do golo do Arouca, um lance fácil de anular, a equipa jogou mais com o coração. A falta de confiança pesa e o Arouca numa transição ou outra voltou a criar perigo. 

Penso que fizemos uma boa primeira parte. Corrigimos algumas coisas ao intervalo e tivemos uma entrada muito forte na segunda parte. Precisamos de uma vitória para a equipa dar o 'clique' e transformar-se. Hoje, num erro individual, colocámos tudo em causa.

Nos primeiros 30 minutos do jogo dominámos. O Arouca poucas vezes chegou à frente. A equipa abdicou de jogar depois de marcar e jogou de forma mais direta. Não é o que pretendemos. Os jogadores querem muito ganhar, mas as coisas não têm corrido da melhor maneira. Um pormenor individual deitou tudo por terra.»

[Sobre o dialógo com os adeptos no final]:

«Eles têm toda a razão. Estamos frustrados, queríamos muito vencer. A frustração dos adeptos é a mesma que as pessoas aqui sentem. É natural que estejam descontentes. Tal como é natural que o meu lugar seja posto em causa. É natural também que estejam outros treinadores a ver o jogo para entrar para o meu lugar, o Paços é um clube muito apetecível.

Acredito no meu trabalho e os jogadores provaram que estão comigo. Os adeptos têm toda a razão, isso não está e causa. Se eu sentisse que os jogadores não estavam comigo, seria o primeiro a admiti-lo. Pelo contrário, acho que é um ponto a favor. A equipa está a crescer, já ganha mais duelos, tem mais alma e mais chegada à frente. Se há coisa que sinto é que os jogadores estão comigo, mas quando não se ganha, o culpado é o treinador. E eu, como líder deles, sou o máximo culpado.»