Uma reviravolta. Duas partes de antítese. Três golos.

Escalada simbólica para o triunfo do V. Guimarães em Paços de Ferreira, por 2-1, com João Carlos Teixeira a sair do banco ao intervalo para bisar e dar os três pontos à equipa de Ivo Vieira.

O desfecho positivo dos minhotos no Estádio Capital do Móvel dita a terceira vitória consecutiva na Liga e total espelho com a melhor série de triunfos no campeonato, conseguida na primeira volta ante Desp. Aves, Tondela e… Paços de Ferreira.

A sequência repete-se e com bónus para os conquistadores, que igualam o Famalicão para ficar no sexto lugar, a um ponto do Rio Ave, quinto. Total aproveitamento dos empates dos oponentes.

Mas não foi fácil. Nada. Ivo Vieira leva boas notas para casa, mas também ilações de um jogo de duas caras.

Vamos ser sintéticos: o Paços, sem ser de domínio avassalador, foi mais concreto, eficaz a chegar ao ataque na primeira parte e chegou ao descanso a vencer. Mas tudo mudaria na segunda etapa.

Ao minuto dez, uma má saída do V. Guimarães a partir de um lançamento resultou no desarme de Diaby a Florent e numa assistência de Denilson para Hélder Ferreira abrir o marcador e pedir desculpa à plateia vimaranense. Foi em Guimarães que o extremo de 22 anos cresceu em quase toda a carreira.

O Vitória pecou, sobretudo, na apatia na construção. Sucumbiu à boa pressão do Paços no terço ofensivo e valeu Douglas, ao minuto 15, a evitar uma cabeçada mais feliz a Diaby. Ivo Vieira estava irritadíssimo. Interventivo para dentro de campo.

Ouattara, única novidade nos onzes iniciais, teve uma estreia infeliz a titular. Ao minuto 33, esbanjou a real ocasião, rara até então, para o V. Guimarães empatar. Estava sozinho ao segundo poste e rematou ‘nas orelhas’ da bola. Para a bancada.

Foi com este cenário que Ivo Vieira lançou João Carlos Teixeira e Edwards, deixando Poha e Ouattara no balneário ao intervalo. Em boa hora.

Dois minutos bastaram para o médio português, recém-entrado, assinar o 1-1 ao minuto 47, com um remate na área após arrancada e cruzamento de Davidson.

O golo moralizou as tropas conquistadoras e só Marco Baixinho, com um corte incrível, negou o golo a Davidson (59m). Na sequência, Pedro Henrique, após canto, viu a bola rasar o poste.

Cheirava a golo e foi mesmo uma questão de minutos e eficácia, novamente com raízes em Davidson: arrancou o lance a Diaby para João Carlos Teixeira, na recarga a um remate de Edwards defendido por Ricardo Ribeiro, operar a reviravolta ao minuto 66.

Nessa altura já Pepa tinha lançado Uilton e ajustou a equipa a três defesas com a troca de Jorge Silva por Tanque, que ficou perto do empate (75m), tal como Hélder Ferreira do bis ao minuto 88: valeu Douglas.

Um marcador que começou com desculpa termina com uma reviravolta sem ela, fruto da reação visitante após o descanso. Três pontos mais que saborosos para o Minho, espelhados nos abraços de Ivo Vieira aos elementos da equipa após o apito final.