Um triunfo arrancado do fundo da alma.

Assim se pode definir a reviravolta do Portimonense frente ao Marítimo. Em desvantagem desde os 13 minutos, o jogo parecia que ia cair para o lado dos insulares, mas dois golos em oito minutos já na reta final, deram a vitória aos algarvios.

A derrota afunda o Marítimo na penúltima posição da Liga com 13 pontos e confirma o ciclo negativo de quatro derrotas seguidas e o Paços de Ferreira já aparece no retrovisor. 

O jogo começou às 18h00, duas horas e meia mais tarde do que o que estava inicialmente previsto devido às dificuldades dos madeirenses em viajar para o continente. José Gomes, que assistiu ao jogo da bancada, introduziu Mosquera no eixo defensivo e adiantou Renê, deixando de fora Beltrame. Por sua vez, Paulo Sérgio fez quatro mudanças em comparação com a partida anterior: Pedro Sá, Pedrão, Róchez e Estrela deram os respetivos lugares a Ouattara, Park, Lucas Ventura e Yago.

O Marítimo teve um bom início de encontro e aproveitou um erro na saída de bola do oponente para chegar ao golo. Bruno Xadas ganhou sobre Lucas, deixou em Pablo Moreno e o avançado lançou Riascos. Xadas surgiu na área para emendar o cruzamento do colombiano.

O golo acabou por tornar a partida mais fechada e os lances de perigo foram raros até ao intervalo. A segunda parte foi distinta muito por responsabilidade do Portimonense. Paulo Sérgio fez três trocas ao intervalo, mais duas entre os 59 e os 66 e a equipa tornou-se mais perigosa.

Os algarvios tiveram dois golos anulados por fora de jogo e uma perdida incrível de Welinton na pequena área. O tempo era escasso e nem o mais otimista dos adeptos do Portimonense imaginaria que a equipa iria ganhar.

O Marítimo acabou penalizado por se agarrar demasiado cedo à magra vantagem e foi penalizado quando Maurício encheu o pé, à entrada da área, e igualou a contenda. O jogo ficou relançado com as duas equipas a olharem para as balizas adversárias. Welinton fez o que Winck e Matheus Costa não conseguiram do lado oposto e ofereceu três preciosos pontos ao Portimonense numa jogada a quatro toques: pontapé longo de Nakamura, desvio de Róchez, receção e finalização do brasileiro.

Um triunfo arrancado do fundo da alma.