Figura: Slimani
Mostrou como o Sporting é diferente com ele: traz agressividade ao ataque e sobretudo poder de finalização. Marcou, antes de mais, o golo do empate do Sporting: um golo à ponta de lança e carregado de oportunismo. Em mais duas ocasiões ficou perto de marcar, mas em ambas Artur negou-lhe o golo. Lá está, não marcou mas com ele em campo ganha-se poder de finalização.

Positivo: Rui Patrício
Não foi obrigado a fazer muitas defesas, mas pelas que fez tornou-se fundamental. Entrou no jogo, aliás, a segurar o nulo: aos cinco minutos, em defesa a livre de Talisca e a remate de Luisão. Na segunda parte voltou a ser essencial, primeiro a parar um remate de Salvio e logo a seguir a travar um cabeceamento de André Almeida. Quando foi preciso, portanto, esteve lá.

Negativo: Jefferson
Este é um daqueles destaques negativos que custa fazer: essencialmente porque Jefferson esteve esforçado. Correu, lutou, enfim, não virou as costas à luta nem ao jogo. Mas a verdade é que não esteve bem. Bem pelo contrário. A forma como foi demasiadas vezes ultrapassado por Salvio foi um problema: numa das vezes o Benfica marcou, na outra o argentino atirou a rasar o poste.

OUTROS DESTAQUES:

Ricardo Esgaio
Um excelente jogo do jovem lateral: bem melhor, por exemplo, do que Jefferson do lado oposto. Esforçado no apoio ao ataque, embora só o tenha feita pela certa, evidenciou-se sobretudo na forma como defendeu: a direita foi toda dele. Tanto assim, aliás, que Gaitán só criou perigo pelo centro.

Nani
Outro excelente jogo: ainda não foi o Nani que pode ser, mas para o Sporting já foi um Nani suficiente para ajudar a equipa a crescer dentro de campo: segurou a bola, fintou adversários e fez a equipa acreditar que podia ser melhor. Nos minutos finais ainda cruzou para Slimani quase marcar.

Carrillo
Essencial, antes de mais, no golo do Sporting: foi dele a pressão sobre Artur, que esteve na origem do erro do guarda-redes e permitiu a Slimani encostar para golo. Carrillo foi no entanto mais do que isso: esforçado na defesa (viu um amarelo), criativo no ataque, fartou-se de carrilar jogo ofensivo.

William Carvalho
Notícia mais evidente: o antigo William foi de férias no final da Liga, antes do Mundial, e ainda não voltou. Não foi o dérbi, de resto, que o trouxe de volta. Mas há outra notícia: o dérbi permitiu pelo menos que William fosse crescendo, até terminar a mandar no meio campo como é apanágio dele.

André Martins
Numa noite em que houve menos Adrien Silva do que é normal, acabou por ser André Martins a pegar um pouco na batuta que o colega costuma utilizar: deu menos profundidade ao ataque, mas trouxe mais segurança ao meio campo: segurou a bola, distribuiu jogo e acalmou o futebol leonino.