Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em declarações na flash interview da Sport TV1, após a derrota por 3-1 contra o Rio Ave, em Vila do Conde, em jogo da quarta jornada da Liga:

«Já tínhamos passado por momentos iguais em Vizela, onde dissecámos ao máximo esse jogo. Na primeira parte faltou tudo. Não podemos ter intenção de pressionar e depois não somos uma coisa nem outro. Temos uma falta na primeira parte, isto não existe. Os duelos perdidos, segundas bolas perdidas. O 3-0 nasce de uma segunda bola perdida por nós. Atitude muito distante no jogo. Em termos estratégicos sou o culpado. Cabe-me a mim, sou o treinador e assumo a responsabilidade pelo que se passou.O jogo que perdemos há um ano e pouco em Braga não foi merecido Este é o segundo jogo em mais de ano e meio. Há que dar mérito aos jogadores que não deixaram de saber fazer as coisas. Há que rever muita coisa a começar por mim.

Encontro equipas que tentam ao máximo, dentro das suas possibilidades, dificultar a vida ao campeão nacional e com uma motivação acima da média. Só podemos meter a qualidade individual para fora dentro de um coletivo forte e hoje não fomos um coletivo forte. Os jogadores de equipas teoricamente não tão fortes estão sempre no máximo connosco. É a nossa luta. Hoje a minha mensagem, não gosto muito de falar de mensagem... A mensagem é passada diariamente em cada treino. Hoje não tivemos... Há jogos assim. O futebol tem de ser sempre olhado de forma máxima e a verdade é que hoje não fomos dignos de, eu sentado no banco, de comandar a equipa do FC Porto na prmeira parte e alguns jogadores não foram dignos de vestir esta camisola. Não fui digno de estar no banco a comandar a equipa pela primeira parte que fizemos.  Não é possível uma equipa, campeã nacional, que praticamente não perde há um ano e tal - em Braga aconteceram coisas extra futebol. Temos de olhar para o presente Isto é um jogo para lembrar, temos de baixar a cabeça e pensar no que não fizemos. A começar por mim. 

Na segunda parte o jogo não existiu. Tivemos várias investidas, mas podiam ser dez ou 15 se o tempo útil fosse maior. Não me convidem para reuniões da FPF para depois olharmos para isto. Vou resumir o tempo jogado na segunda parte. É vergonhoso. Mas não foi por isso que perdemos. O Rio Ave criou situações para estar em vantagem e com a vantagem que estava ao intervalo. Tem a ver com o desenrolar do jogo e todos temos de pensar. Tenho de dizer porque cada reposição de bola do guarda-redes, a cada minuto um jogador no chão e isto quebra a intensidade e o ritmo que queremos que seja alta para irmos atrás do prejuízo. Na segunda parte criámos situações para não sair com uma derrota, mas no geral a derrota é merecida.»