O futebol coloca as pessoas em situações improváveis. Quais as probabilidades de marido e mulher presidirem dois clubes que competem na mesma competição? Acontece, sim.

O duelo entre Rio Ave e Famalicão terminou empatado e assim, ninguém ficou com o sábado estragado.

Os famalicenses começaram melhor a partida e em dez minutos, ensaiaram dois pontapés à baliza contrária ambos à figura de Magrão. Com o Rio Ave um pouco passivo, o Famalicão aproveitou para chegar à vantagem numa excelente jogada coletiva concluída com um cabeceamento de Cádiz após cruzamento de Puma Rodríguez.

O golo sofrido despertou os vila-condenses que ameaçaram o empate num lance «às duas tabelas» na área (15m). Volvidos quatro minutos, André Pereira marcou, mas o lance foi invalidado por fora de jogo. Esse foi, de resto, o melhor período do Rio ave na primeira parte. Por sua vez, o Famalicão recuou ligeiramente após o golo e procurou saídas rápidas em contra-ataque. Numa dessas ocasiões, Cádiz falhou o 2-0.

A segunda parte foi distinta e começou com o golo do Rio Ave logo aos 49 minutos. Ou melhor, com o autogolo de Topic na sequência de um livre de Sávio. O empate fez o Famalicão recuar (às vezes em demasia) e os vila-condenses assustaram Luiz Júnior em dois momentos. Se na primeira ocasião Zé Manuel dominou mal, na segunda só não marcou porque o guarda-redes famalicense brilhou.

João Pedro Sousa lançou Lacoux, Chiquinho e Assunção, o que permitiu à equipa reencontrar-se. O extremo, recrutado ao Wolverhampton, teve o mérito de mexer com o jogo e por pouco não foi decisivo. Chiquinho caiu na área num lance com Josué, já na compensação, e o árbitro apitou para a marca de penálti. Contudo, Bruno Pires Costa mudou a decisão após rever o lance no monitor.

É verdade que o Rio Ave somou aproximações à área contrária, mas nunca ameaçou verdadeiramente a reviravolta. O empate ajusta-se, portanto. E mais importante que tudo, um casal não ficou com o sábado arruinado.