Foi um triunfo arrancado a ferros! O Sp. Braga venceu o dérbi do Minho, que marcou o início da segunda volta, depois de estar a perder. O Famalicão iniciou melhor as duas partes e Cadiz abriu o marcador, de grande penalidade, na segunda. Bruma regressou à competição e, no pouco tempo que esteve em campo, conseguiu mexer com o jogo bracarense. Borja marcou o golo do empate e a remontada foi feita por Álvaro Djaló, 12 minutos depois dos 90. Respira de alívio Artur Jorge.

Treinadores pouco mexem

Equipa que ganha não se muda. João Pedro Sousa fez jus à velha máxima do futebol e manteve o onze inicial da jornada anterior, o da vitória diante do Casa Pia (0-2). Já Artur Jorge fez apenas uma alteração em relação à equipa que iniciou o desafio na derrota por 2-0 ante o FC Porto, no Dragão: Zalazar começou no banco e Pizzi saltou para a titularidade.

Depois de três jogos sem vencer, Artur Jorge tinha uma prova de fogo num estádio onde apenas dragões e vitorianos haviam vencido. E foram os de Famalicão a entrar melhor. Com boa troca de bola, jogada de pé para pé, ia confundindo a defensiva bracarense. Não raras vezes, depois de adormecer os guerreiros, os famalicenses variavam o flanco com passes longos, deixando os forasteiros em sobressalto. Chiquinho ficou perto de dar vantagem aos locais, valendo a fantástica mancha de Matheus.

Os guerreiros acordaram e começaram a equilibrar o dérbi. Ricardo Hora, com um remate em arco, obrigou Luíz Júnior a aplicar-se. Pouco depois, o capitão arsenalista disparou um míssil que saiu a rasar a trave. A equipa da cidade dos arcebispos tentava ir em vantagem para o descanso, mas o Famalicão estava bem organizado e também não deixou de procurar o golo. Zaydou ficou perto, mas o remate colocado foi parado pelo guardião dos bracarenses.

Finalmente apareceram os golos

Artur Jorge deixou o amarelado Vítor Carvalho no balneário e lançou para a segunda metade Zalazar. Contudo, voltou a ser o Famalicão a entrar melhor. As variações de flanco continuavam a confundir os guerreiros e os famalicenses facilmente apareciam à direito ou à esquerda a cruzar para Cadiz, poderoso no jogo aéreo. Num desses cruzamentos, o avançado venezuelano voltou a ganhar nas alturas e cabeceou contra o braço de José Fonte. Depois de alertado pelo VAR e de consultar o vídeo, Manuel Oliveira assinalou grande penalidade. Chamado à conversão, Cadiz não perdoou.

A perder, o treinador bracarense arriscou e trocou Pizzi e Victor Gómez e lançou Roger e Bruma, que regressou à competição após lesão. E na primeira vez que tocou no esférico, Bruma inventou uma jogada à esquerda, rematou para defesa de Luíz Júnior. Na recarga, Roger falhou de baliza aberta, mas acabou por assistir Borja, que atirou para golo. Estava feito a igualdade, embora sem os bracarenses terem feito muito para o merecer.

O técnico do Famalicão também refrescou a equipa, no entanto a equipa não reagiu bem às alterações e caiu. Aproveitou a turma arsenalista para crescer na partida e encostar os famalicenses lá atrás. Manuel Oliveira ainda voltou a assinalar uma grande penalidade a favor dos famalicenses, outra vez por mão na bola de José Fonte, mas reverteu depois de consultar o vídeo-árbitro.

Com a divisão de pontos em pano de fundo, já 12 minutos para além da hora – o árbitro tinha dado nove minutos de compensação –, após pontapé de canto, Álvaro Djaló apareceu ao segundo poste a cabecear para o golo que valia a remontada. Os guerreiros davam a volta ao marcador e faziam a festa em pleno relvado. Três jogos depois, o Sp. Braga voltou a ganhar um jogo.