O Sporting de Braga continuou com o espírito de vitórias este sábado, conseguiu caçar o FC Porto na tabela e pressionar os dragões na véspera do Clássico. A bola, agora, está do lado da equipa de Sérgio Conceição, que este domingo já se pode soltar das amarras dos minhotos. Já o Estrela, diga-se, não foi presa fácil para os arsenalistas e vendeu cara a derrota, apesar dos 3-0 espelhados no marcador.

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Os tricolores, na primeira parte, já tinham mostrado ao Sp. Braga que a viagem ao Minho estava bem planeada. A equipa de Sérgio Vieira entregou a bola aos arsenalistas, mas foi muito intensa na pressão e conseguiu recuperar a posse em zonas importantes, lançando-se de imediato para o ataque.

De resto, até ao intervalo existiram várias ocasiões de golo, sobretudo para os minhotos, que dispuseram das melhores oportunidades, muito graças à irreverência de Roger no lado direito.

Ao intervalo, o Sp. Braga ainda não tinha desfeito o nulo – o Estrela também ficou à beira do 1-0 num par de remates – e a juntar a isso ainda teve outra má notícia. Por volta dos 25 minutos, Ricardo Horta sentiu dores na coxa direita e pediu a substituição, ele que tinha regressado aos relvados na última jornada, depois de três jogos de fora por lesão.

A equipa de Artur Jorge entrou algo adormecida na segunda parte e foi salva pela arbitragem nos primeiros minutos: Hélder Malheiro mandou seguir após mão na bola de Vítor Carvalho na área bracarense, o VAR chamou o árbitro ao monitor… que manteve a decisão.

Logo de seguida, na área contrária, o árbitro voltou a entrar em discordância com o VAR. Hélder Malheiro demorou, mas apitou falta de Pedro Mendes sobre Simon Banza. Depois de alertado pelo VAR para ir rever a jogada, o juiz da partida voltou a manter a decisão que tinha tomado no campo.

E, aí, abriu-se caminho para a vitória do Sp. Braga.

Banza ficou com a oportunidade de isolar-se na lista de goleadores do campeonato e não a desperdiçou: da marca dos onze metros, bateu Bruno Brígido com classe e distanciou-se de Viktor Gyökeres, somando agora 18 golos.

A perder, a estratégia do Estrela mudou ligeiramente, até pelas armas que Sérgio Vieira colocou em campo. Os tricolores passaram a correr ainda mais riscos e colocaram o Sp. Braga em sentido ao ameaçar o empate.

Contudo, na reta final, Bruma pôs fim a qualquer aspiração que o Estrela tinha de deixar o Minho com pontos. Bruno Brígido saiu dos postes para evitar o remate de Banza, mas deixou a baliza deserta e Bruma ficou com tempo e espaço, na área, para atirar a contar.

Foram dados nove minutos de descontos – e ainda bem. Isto porque Roger merecia aquilo que aconteceu nesse período de compensação. O jovem extremo dos minhotos tinha sido a principal ameaça para o Estrela ao longo do encontro e, mesmo ao cair do pano, apontou um golaço, segundos depois de ter enviado a bola ao poste.

Depois de um mau período, culminado com a eliminação das competições europeias, o Sp. Braga mostrou que ainda está a sarar as feridas desse golpe, mas atingiu um objetivo importante ao chegar aos 49 pontos, os mesmos do FC Porto, que, se quer continuar a sonhar pelo título e não em focar-se na luta pelo terceiro lugar, precisa de vencer o Benfica.

Já o Estrela, deixa boa imagem em Braga, mas sai sem pontos e em igualdade pontual com o primeiro abaixo da «linha de água».