Chapa três era o signo do Sp. Braga nas duas primeiras jornadas da Liga, ainda que que na receção ao Sporting os guerreiros sofressem igual número de golos. Na tarde deste domingo os guerreiros ultrapassaram essa barreira e passaram para a mão cheia, impondo uma derrota sem contestação ao Marítimo (5-0) numa tarde de rotação  no máximo frente a um Marítimo pobre.

O conjunto de Artur Jorge, sem mudanças no onze comparativamente com a vitória em Famalicão, foi inequivocamente o melhor em campo, com mais atributos técnicos e mais organização, mesmo em determinados períodos do jogo ameaçando adormecer. Mas, a superioridade foi evidente chegando a um resultado volumoso.

O guerreiros foram superiores a um Marítimo que não conseguiu evitar o igualar daquele que é o seu pior arranque de sempre na Liga, com três derrotas nas três primeiras jornadas. Um estigma ao qual a equipa de Vasco Seabra não conseguiu fugir, uma vez que a entrada em campo na pedreira demonstrou demasiada tremedeira.

Vitinha a abrir e Iuri Medeiros a fechar

Os insulares não conseguiam fazer três passes seguidos, não conseguiram ter bola no arranque do jogo e deixaram o Sp. Braga confortável para chegar ao golo, por intermédio de Vitinha, logo ao nono minuto do encontro. Um golo que se adivinhava, levando em linha de conta que nos instantes iniciais, antes de marcar, o Sp. Braga construiu quatro oportunidades flagrantes para marcar.

Os indícios dos primeiros minutos do encontro deixavam antever uma tarde descontraída para o Sp. Braga, que ameaçou triturar os insulares, perspetivando-se noventa minutos difíceis para a equipa que viajou desde a Madeira. Mas, reagiu a equipa de Vasco Seabra, recompôs-se minimamente e subiu um par de metros no terreno, perante o desacelerar bracarense.

Ainda assim, a realidade é que mesmo melhorando, o Marítimo nunca conseguiu ser verdadeiramente incómodo e convidou o Sp. Braga a fazer o segundo a minutos do intervalo. Passe atrasado de Beltrame a ser um verdadeiro desastre, isolando Iuri Medeiros, que com toda a calma enorme classe bateu Miguel Silva.   

Banza, Abel Ruiz e Rodrigo Gomes na mão cheia de golos

A tal que ameaçava ser tranquila veio ao de cima na segunda metade. Nem com o chá do intervalo o Marítimo conseguiu subir uns patamares e o Sp. Braga continuou a sua toada, fazendo mais três golos. Depois de faturar nas duas primeira jornadas, Banza voltou a ser o suspeito do costume, ampliando a contagem ao minuto 57.

Saído do banco de suplentes, Abel Ruiz quis mostrar a Artur Jorge que é uma opção a ter em conta e precisou apenas de nove minutos em campo para fazer o gosto ao pé, apontando o quarto ao aparecer isolado na cara de Miguel Silva. Já na reta final do encontro, também saído do banco, Rodrigo Gomes ainda teve tempo de evoluir a contagem para 5-0.

Da chapa três o Sp. Braga evolui para a mão cheia, somando o segundo triunfo consecutivo. Demonstra ser uma equipa em afinação o Sp. Braga, mas a caminhar para que a máquina fique cada vez mais oleada. Arranque inquietante do Marítimo, com três derrotas nas três primeiras jornadas e onze golos sofridos. O pior arranque de sempre entre os grandes do futebol português.