O relatório do árbitro João Pinheiro, que dirigiu o FC Porto-Sporting da passada sexta-feira, da 22.ª jornada da I Liga, refere que os adeptos do FC Porto atiraram, para o terreno de jogo, aos 42 minutos da primeira parte, um «objeto metálico».

De acordo com as ocorrências mencionadas no documento, aos «42 minutos da primeira parte» (altura em que ocorreu uma confusão junto à baliza do Sporting quando Manuel Ugarte estava com queixas na cara), «adeptos afetos ao clube A [ndr: FC Porto] atiraram para terreno de jogo um objeto metálico que foi entregue ao delegado da Liga». Nesse mesmo minuto, recorde-se, o central dos dragões, Pepe, viu um cartão amarelo.

Há ainda a referência à agressão ao futebolista do Sporting, Matheus Reis, depois do apito final. «Após o final do jogo, três elementos que vestiam um colete azul, atingiram o jogador n.º 2 do clube B [ndr: Sporting], tendo um deles agredido esse mesmo jogador com um murro nas costas».

Também «após o final do jogo, um elemento que vestia um colete laranja, um apanha-bolas e que se encontrava na zona lateral do terreno de jogo, atrás dos painéis publicitários, arremessou um isqueiro e água para dentro do terreno de jogo para um local onde se encontravam jogadores» do Sporting. Além disso, e igualmente após o apito final, «um elemento que vestia um colete azul e que se encontrava atrás dos placares eletrónicos junto à baliza norte, arremessou um banco para dentro do terreno de jogo», para um local onde estavam «vários elementos de ambas as equipas».

O documento, lido esta segunda-feira pelo Maisfutebol, fala ainda no pontapé do defesa do FC Porto, Pepe, ao diretor-desportivo do Sporting, Hugo Viana, bem como do empurrão do extremo dos leões, Bruno Tabata, ao administrador da SAD azul e branca, Luís Gonçalves. Estas ações podem levar a um castigo entre dois meses e dois anos aos dois atletas.

Além disso, o relatório do árbitro justifica os motivos que levaram às expulsões de Marchesín e de João Palhinha após o apito final.